Educação Física Escolar não é jogo ou brincadeira, é muito mais sério do que se pensa

Ouvimos com certa frequência, infelizmente, de muitos pais e responsáveis que : “não coloco meu filho na escola para brincar”, ou “se for para brincar, encaminho meu filho para um parque de diversões e não para a escola”. Esta dura realidade confirma afirmações de diferentes autores quanto ao aspecto da “reprodução das formas de ensinar que são adotadas pelos formados em cursos de licenciatura em função do que eles vivenciaram em suas experiências escolares”.

Assim como os pais ou responsáveis desconsideram que a aprendizagem de crianças, especialmente em tenra idade, ocorre pela ludicidade, jogos, brincadeiras, amigos invisíveis e desafios à criatividade, o mesmo se reproduz quando o conhecimento a ser apropriado é a corporeidade. A exacerbada valorização dos esportes, se bem que apenas poucos deles e, em sua maioria os que contam com equipes que se confrontam e uma bola como mediadora do saber, leva à reprodução das incoerências formativas presentes em nossa sociedade.

Felizmente, há profissionais que trilham de forma distinta, inovadora e centrada nos seres humanos sob sua mediação. A frase “Esportes para crianças ou crianças para o Esporte”, não me sai da cabeça.

Daniel Carreira Filho

12 comentários

  1. Parabéns pelo texto!!! Sou profissional de Educação Física , quero fazer o mestrado justamente falando sobre o jogo e a brincadeira como fator primordial no processo de aprendizagem dos alunos no primeiro ano do fundamental!!

  2. Perspectiva histórico-critica-pedagogico-filosofica-blá blá blá. Ao longo dos últimos 30 anos não contribuiu nada, concretamente, para valorizar a EF nas escolas e, principalmente, o seu reconhecimento social. Só contribuiu para a “desesportivização” da EF na escola, demonizando o esporte e prejudicando quem tenta ensiná-lo de maneira positiva.

    1. Prezado Fernando, a demonização, se é e quando ocorre, não é originária em função de visões sobre a Educação e Educação Física. O trato que é dispensado ao componente curricular, abandonando a formação humana e considerando o esporte como finalidade e não pessoas, é o que nos referimos.

  3. Em uma instituicao particular e mais facil vc trabalhar a Ed.Fisica, ja na publica e complicado, vc nao tem estrutura, nao tem mesmo a colaboracao da propria familia do aluno que acha ali o filho tem que ser educado, educacao e em casa e nao na escola, isso qd o Pai e a mae nao estao presos, a forma de ensinar adotada pelo governo tb e um deservico tb.

  4. A educacao fisica escolar e de suma importancia, pois e na fase da educacao basica que a crianca e o pre adolescente estao desenvolvendo sua coordenacao motora, que estao aprendendo a trabalhar em equipe e , por sinal, isso o esporte ensina muito bem. E na educacao fisica escolar que se aprende a conviver com as diferencas, e na educacao fisica escolar que se aprende a conhecer o proprio corpo. E uma fase em que as criancas e pre adolescentes estao desenvolvendo seus musculos e ossos. Portanto, dizer que a educacao fisica escolar nao e algo serio e, no minimo , ser irresponsavel com a vida de nossas criancas e adolescentes, os brasileirinhos do amanha.

  5. Parabéns Daniel pala abordagem de tao importante variavel na Educacao Física Escolar responsável pela cultura corporal, pela Educação de Valores e também pela formação das HMB – Habilidades Motoras Básicas fundamentais ao desenvolvimento motor do educando. A publicidade e os jogos não são brincadeiras e devem ser entendidas pelo professor de educação física com profundidade.

  6. Não, a educação escolar e acompanhada por um profissional, e avalia a criança, trabalha o psicológico, entre outras, das férias a criança e livre, e as vezes nem os pais ou responsável, está por perto olhando.

  7. Sim. Principalmente quando os pais e/ou responsáveis se comprometem com a Educação “física” da criança.
    Sou Académica , terminando meu curso de Licenciatura em Educação Física agora em janeiro/2020 e durante o período do Estágio ouvir muito do professor regente essa frase que país falavam: “Meu filho vai pra escola é pra estudar, não prá brincar” essa é a triste realidade. Obrigado por abrir esse espaço.

  8. Não entendi muito bem o objeto por trás da frase “Esportes para crianças ou crianças para o Esporte”,…
    A primeira parte seria adaptar o esporte para que as crianças o usem para ser cidadãos, contraditando-se com a segunda, que trata de realizar os desejos de muitos pais, para que seus filhos realizem o que eles não conseguiram, através do sucesso no Esporte?

    1. Prezado Carlos Aragão. O esporte enquanto manifestação do desejo de movimento das e pelas crianças em contraposição ao uso das crianças para comporem equipes competitivas que desrespeitam os desejos, interesses e possibilidades das crianças, sejam quem forem seus mobilizadores (pais, professores, técnicos ou sociedade). Grato pela critica

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