A escola o bulliyng e a Educação Física

A Educação Física Escolar, infelizmente, não pode ser colocada distante dos fenômenos de agressividade e desrespeito ao próximo nos momentos em que as atividades da cultura corporal de movimento estão presentes. Ainda que a satisfação a necessidade de movimento, cooperação, valorização do outro e a adequação das atividades às diferenças individuais sejam uma constante, temos a presença de estratégias de ensino-aprendizagem que ainda reproduzem ou perpetuam os equívocos cometidos no passado não muito distante.

O exemplo que temos, e mais gritante, é a prática do “corredor polonês” ao final das aulas em que alunos, os menos hábeis, eram punidos por suas “supostas incompetências motoras”.

Este professor conviveu, felizmente muitos anos atrás, com um professor que atribuia codinomes para os alunos, obviamente, menos hábeis. Aos gordinhos o codinome de “Jóquei de Efefante”, aos magrinhos, “Jóquei de Pulga” e aos descoordeados e esquecidos na escolhas dos “times” para os jogos como “Lesmas Lerdas”.

Parece-nos que a sociedade, representada pela escola, não conquista atenção adequada às crianças e adolescentes e, principalmente, na atenção aos relacionamentos humanos respeitosos.

Felizmente, a Educação Física Escolar tem se distanciado destas equivocadas ações pela ação de docentes que superam os modelos presentes no passado. Avançamos para novos olhares e perspectivas para o relacionamento humano presente, especialmente, no seio das escolas. Mas sem não deixar de observar que os desvios comportamentais deletérios são permitidos pelos olhares de nossa sociedade.

Daniel Carreira Filho

3 comentários

  1. Existe um certo pensamento na Educação Física que a competição é o que gera interesse pela aula. Fazendo analogia à sociedade capitalista, também há esse preceito de que “o que gera melhora nos índices econômicos é a competitividade entre as empresas”.

    A competição exacerbada, sem o trato pedagógico, nas aulas de Educação Física, faz com que os sentimentos ruins e o bulliyng sejam impulsionados nos momentos pós-aula, e entre empresas faz com que as empresas “mais hábeis”, “maiores”, “melhores”, consigam monopolizar o mercado, destruindo as empresas de menor porte devido ao seu poderio econômico.

    Eu sempre achei interessantíssima a discussão da competição na Educação Física, mas ainda não tenho uma opinião concreta. Pode me ajudar, professor? Preciso de indicação de livros e artigos sobre essa temática, que é pouco explorada.

  2. Prezados leitores, em função da provocação do professor Ian, tenho a satisfação de indicar o livro que contou com a organização do professor Doutor AFONSO ANTONIO MACHADO, com o título: “ESPECIALIZAÇÃO ESPORTIVA PRECOCE: perspectivas atuais da Psicologia do Esporte” Editora Fountouram 2008. Texto que se encontra à venda na rede mundial de computadores. Trata-se de um documento com a contribuição de inúmeros autores relevantes no cenário nacional e internacional. Abraços. O meu já está em minha biblioteca digital.

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