Há mais de três anos, em um momento de atividades de aprendizagem com um grupo de adolescentes do ensino médio, fizemos a provocação aos alunos e alunas quanto a realziarem a vivência com centro nas habilidades exigidas pelo Skate. Em um primeiro momento houve, especialmente por parte das meninas do grupo, certa resistência em participarem da experiência.

No dia da proposta buscamos identificar quantos dos alunos e alunas possuíam o equipamento Skate e quantos poderiam conquistá-lo com um amigo ou parente. Atingimos aproximadamente 40% da turma. Agendamos a vivência para o próximo encontro.

No dia da experiência tivemos alguns comportamentos dignos de nota:

A colaboração entre os alunos foi imediata. Os que já dominavam os movimentos ofereciam “dicas de aprendizagem aos mais receosos e inseguros”. Esta é uma demonstração clara de que não é necessário ao professor dominar todos os desafios motores para promover vivências aos seus alunos, como muito se falava no passado.

A participação das meninas, as mais receosas, foi gradativa até que todas, indistintamente, se encontravam participando ativamente da experiência. Algumas verbalizaram que iriam solicitar aos pais a compra de um Skate.

Em um outro campo de observação tivemos:

Alguns colegas docentes reportaram a preocupação com o espaço comum quando os alunos transitassem pela escola nos intervalos ou na esntra e saída. Fato que os próprios alunos decidiram que não deveriam fazer uso. Educar não é proibir, é desenvolver a consciência.

Em uma das falas de alunos notamos a presença da fala preconceituosa “isto é esporte de drogados”. Rapidamente questionado por outros colegas que são praticantes da atividade de forma regular. Preconceitos são tratados em encontros de aprendizagem.

A formação humana ocorre com as oportunidades de vivência orientada e organizada no seio da escola, não apenas as habilidades motoras ou capacidades físicas. Não é?