Têm coisas que só acontecem com o Corinthians. Time está mal, ameaçado de rebaixamento e, de repente, elimina no Grêmio na cobrança de pênaltis na Copa do Brasil. Penalidades todas muito bem batidas, com uma categoria incrível. Enquanto os gremistas, donos do mando de campo, desperdiçaram três faltas máximas. Em sã consciência era esperada uma desclassificação honrosa e ao contrário veio uma classificação com “C” maiúsculo. Como explicar o acontecido? Pura sorte ou mérito dos jogadores, que em nenhum momento perderam a cabeça e nem o foco no jogo?
Quando uma equipe não tem estrelas a tendência é fortalecer o espírito coletivo. É o tal lema dos Três Mosqueteiros: “um por todos e todos por um”. Hoje em dia não tem um ídolo específico na equipe. Romero talvez, por serviços prestados e pela raça demonstrada até agora, mesmo com uma idade avançada. Garro está chegando. Fez gols inesquecíveis (como contra o Palmeiras, pelo Paulistão) e tem sido a “cabeça pensante” do grupo dentro de campo. Todas principais jogadas ou saem dos seus pés ou passam por eles. Embora ainda não seja, tem tudo para ser um ídolo no futuro.
Vencer o Grêmio nos pênaltis, ainda mais com um time mesclado, reaproximou o Timão da Fiel torcida. Essa identidade é fundamental para a progressão do conjunto e de algumas individualidades. André Ramalho é outro que pede passagem. Experiente, bateu o pênalti com enorme categoria e garantiu o sucesso do grupo. Daqui para frente é continuar no mesmo ritmo e dando prioridade para o campeonato brasileiro, o único que pode rebaixar o onze alvinegro.
E tenho dito!