Esse negócio de expulsar o principal jogador em campo só para aparecer mais do que o próprio espetáculo não é coisa de agora. Lá pelos anos de1960, Armando Marques adorava pegar no pé de Pelé. Chegou a expulsar o Rei de campo. O senhor Édson não era nenhum santinho, é verdade, mas sempre primou pela retidão em campo e pelo respeito à arbitragem. E mesmo assim, se Armando Marques pudesse, o expulsaria toda hora.
Pois é. A história se repetiu em forma de comédia. O árbitro Rodrigo José Pereira expulsou Hulk de campo na goleada do Palmeiras, 4 a 0, no Atlético Mineiro., na Arena MRV. Foi o fim da picada. Ele se disse ofendido pelo jogador duas vezes, por isso levou dois amarelos seguidos e posteriormente o vermelho. Pelo relato da súmula, os motivos que levaram á tomada de decisão foram torpes. No calor do jogo, é comum o atleta falar um palavrão ou outro. Mesmo encarar o juiz no “peito a peito” também. Seria cômico se não fosse trágico.
Em tempos de VAR a decisão unilateral de um árbitro deveria ter sido questionada, ou melhor, checada por imagens e audio. As gravações estão ai para serem vistas e ouvidas. O Galo mineiro acabou prejudicadíssimo por isso. Rodrigo José Pereira influenciou sim no placar. Desestabilizou os nervos dos atleticanos. Diante de uma equipe encaixada e certinha como o Palmeiras, equivale a marcação de dois pênaltis contra. Juiz conseguiu: apareceu mais do que Hulk. Foi mais realista do que o rei.
E tenho dito!