O Corinthians sempre teve a tradição de revelar grandes craques. Foi assim com Vladimir, Casagrande, Zé Elias e o suprassumo da bola, Rivellino. Depois da estupenda apresentação de Wesley diante do badalado Fluminense, a chama reascendeu dentro do coração da Fiel torcida, ávida de aplaudir garotos saídos da base.

Pior que esse desejo vai na contramão da atual política alvinegra em busca de reforços. Os garotos que aparecem são negociados muito cedo. Foram os casos de Moscardo, Murilo e o rápido Pedrinho. Se fossem mantidos, com certeza seriam titulares da equipe do técnico Antônio Oliveira. O português aposta na intensidade, na marcação alta, na saída de bola do adversário. Para suportar o ritmo forte, a garotada cai do céu.

Wesley tem um bom companheiro, Bruno Bidon. Jovem ainda segura o meio-campo sozinho como volante. Outra joia rara, essa bem explorada por Oliveira. Duro é saber que foram gastos 130 milhões em contratações esse ano, quando a solução estava no próprio clube e no velho e bom Terrão (ainda símbolo de transformação, embora já não exista mais).

Coronado, Garro, Hugo, Felix Torres, Cacá, Gustavo Henrique, Mateuzinho, Pedro Raul e Pedro Henrique chegaram de baciada e até o momento ainda estão devendo futebol. Ranieri é uma exceção. Talvez Garro tenha jeito. Lembrando ter sido o Timão campeão da Copinha. Era só aproveitar o embalo dos meninos, passar confiança e prestigio a eles que na certa viriam bons resultados. Para que gastar dinheiro à toa se a solução está bem debaixo do nariz de todos?

E tenho dito!