Vágner Mancini não tem o tamanho do Corinthians

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press

Uma coisa é ser um bom treinador. Aplicado taticamente. Pensar o jogo e colocar em prática uma filosofia de trabalho. Outro, assumir o Corinthians em meio à duas crises, uma política (eleições estão aí) e outra técnica (equipe na zona de rebaixamento). Esse será o dilema do técnico Vágner Mancini, um rapaz de boa índole, ex-lateral direito, injustiçado no São Paulo.

Não, ele não tem o tamanho do Timão. No panorama nacional é um treinador de médio para bom, mas nunca um “milagreiro”. Afinal, para reagrupar o elenco alvinegro, colocar cada um no seu lugar, acertar e definir um time será um trabalho e tanto. Sim, porque hoje a equipe corintiana é uma soma de jogadores ruins e razoáveis. Precisa engrenar para dar tudo certo.

Tiago Nunes e principalmente Dyego Coelho “destruíram” o grupo. Tentaram de tudo do meio campo para frente e não conseguiram absolutamente nada. Não deixaram legado nenhum. Pelo contrário. “Queimaram” jogadores como Sidcley, Bruno Mendez, Michel Macedo, Cantillo, Pedro Henrique (agora no Atlético PR), Camacho, Éderson, Mosquito e Léo Natel e até garotos como Xavier e Roni.

Sem falar naquele que “desaprenderam”, casos do goleiro Cássio, do zagueiro Gil, do lateral-direito Fágner e de atacante Jô. Otero e Cazares chegaram agora. Ainda resta uma esperança para eles. Ou seja, o Timão é uma “salada mista”, um amontoado de promessas e mentiras, que custam ao clube uma folha de pagamento de R$10 milhões mensais, segundo consta.

Mancini, porém, é valente. Acredita naquilo que faz. Pode dar certo? Sim. Pode dar errado? Também.

Como diria o finado amigo Roberto Avallone, “o tempo é o senhor da razão”.

E tenho dito!