O futuro da Seleção a Deus pertence

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Com um pé no passado e outro no presente, a maior Seleção de todos os tempos foi a de 1970. Jogadores como Pelé, Tostão, Rivellino, Gerson, Carlos Roberto Torres dificilmente irão aparecer outra vez. Todos foram únicos. Não tinham bom preparo físico (alguns gostavam de fumar, outros tomavam uma) mas quando a bola corria solta no gramado, a classe, a ousadia, o deboche, a genialidade falavam mais alto.

Era um time infernal. Só de olhar a escalação do técnico Zagallo, já dava para arriscar um palpite. Tomei muita “água” no boteco do português ali, do lado da Folha. Poucos apostavam no adversário.

Era uma tática estranha (sinistra): 3-6-1, que fez sucesso pela qualidade. Com aquele time sim dava para jogar no ataque. Tinha sempre um cara livre para passar a bola. Um espetáculo.

Na realidade de agora a Canarinho está cheia de Zé Mané. Primeiro critério para ser chamado é jogar fora na Europa, na China, Turquia e por aí vai. Depois o dito cujo precisa estar cem por cento fisicamente e por último ganhar um milhão por ano.

Assim fica difícil. O passado glorioso, a atualidade uma decepção; e o futuro? A Deus pertence.

E tenho dito!