Chegou a hora de Fernando Diniz ceder um pouco…

Foto: Lucas Merçon/FFC

Fernando Diniz dançou no Fluminense finalmente, nessa segunda-feira, depois de uma série de derrotas seguidas em várias competições. Ele tem um esquema tático parecido com o Sampaolli, mas não usa de bom senso para administrá-lo, o que o argentino faz muito bem. Nenhum time do mundo é 100% ataque. Nem o Manchester City, do Guardiola.

Fernando Diniz precisa ceder um pouco para o defensivismo, sem perder o toque mágico. Por exemplo, goleiro sai só com as mãos, não necessariamente com os pés. Explorar mais a bola longa e fechar a casinha quando jogar fora de casa. Até o Santos de Pelé se defendia.

O Peixe nos anos de 1960/1970 era um time cheio de talentos (Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe), e tinha Zito e Mengalvio à frente da linha de zaga. É que o pessoal resolvia lá na frente sempre. Parecia um furacão, com toques de bola rápidos e certeiros. Nada se compara a essa equipe. Mesmo assim, também levava goleadas surpreendentes, embora fosse constante, equilibrada.

Fica mais uma lição para Diniz. O ideal é a mescla da defesa com o ataque, como fazia Telê Santana, que perdeu duas Copas (1982 e 1986) por teimosia (pregava o futebol ofensivo total) e recuperou-se no São Paulo, quando colocou dois volantes para proteger a zaga. Ganhou tudo no Tricolor e entrou para a história da bola com chave de ouro.