Quarta Força é piada e brasileiros são mais caros do planeta…

Seleção mais cara da Copa da Rússia contará com Gabriel Jesus e Renato Augusto.

Passou da hora de especialistas e torcedores reverem alguns conceitos. Para começar, esse papo de “Quarta Força” é uma bobagem. Foi-se o tempo que o clube favorito a qualquer título era aquele dono do melhor elenco, repleto de jogadores criativos. Hoje o futebol praticado no Brasil é linear. Ou seja, se destacam apenas bons jogadores. Nada de craques. Esses, por sua vez, estão sujeitos a um trabalho organizado, respeitando a capacidade técnica e física de cada atleta. Fora de campo, pesa a estrutura de um Centro de Treinamento de última geração, com hotel cinco estrelas. Dentro do gramado, é fundamental ter organização tática, padrão de jogo e obediência tática.

A bola nacional ficou “robotizada”. Os craques foram para o Exterior e continuam indo. O São Paulo (salvo pelo gongo do rebaixamento) foi o maior exemplo disso. Mudou o time inteiro durante a temporada, sem falar da saga “Rogério Ceni” (um fracasso) e a chegada de Dorival Júnior (um sucesso). Daí a necessidade de “enfiar” goela abaixo a exigência de compactação, marcação e ofensividade. Encurtar espaços e alargar opções de jogo. Ninguém precisa ser Pelé ou Messi para cumprir ordens do treinador. O Corinthians do técnico Fabio Carille funciona assim basicamente. Levou dois títulos em 2017 (Paulistão e Brasileirão, o hepta).

Na verdade, os grandes craques brasileiros estão no Exterior. Embora muitos coleguinhas insistam ser o futebol brasileiro desorganizado, desonesto e amador (o que não é mentira), a seleção brasileira do técnico Tite será a equipe mais cara da Copa da Rússia. Elenco bilionário do goleiro até o último reserva. Basta dizer que as duas maiores negociações internacionais de toda história ficaram por conta de Neymar (222 milhões de euros ou R$ 821,4 milhões) e Philippe Coutinho (160 milhões de euros ou R$ 622 milhões). Os vexatórios 7 a 1 para a Alemanha em nada alteraram o mercado do jogador brasileiro no planeta.

Desde a Copa de 1982, da Espanha, quando houve uma debandada de brasileiros para a Itália (na época a grande vitrine da redonda), campeonatos em território nacional foram perdendo qualidade. A dificuldade econômica espalhou-se pelas Américas (talvez a exceção tenham sido México e Estados Unidos). Hoje jovens saem do País por qualquer troco e essa ganância mercadológica nos enfraquece dia a dia.

E assim caminham a cegueira e a mediocridade…

1 comentários

  1. Concordo com o senhor pelo ótimo texto. Os vexatórios 7 x 1 não alteraram o fluxo de jogadores do Brasil para o exterior por uma simples razão: a culpa não foi deles jogadores foi muto mais por conta de um treinador ditador e as negociatas em torno da seleção. Esse time que ai está(seleção) poderia ser muito mais competitivo e letal se o atual técnico tivesse mais coragem e ousadia para formar uma equipe mais ofensiva. Jogadores para isso há, porém, o medo de se expor cria desculpas manjadas para evitar isso. Tite prefere seguir a receita que deu certo no Corinthians, ou seja, escalar um time baseado na obtenção do resultado. Jogar com o regulamento embaixo do braço. Só que ele não pode se esquecer que a Copa não é o campeonato brasileiro nem a seleção é Corinthians. As demandas e as pressões são muito diferentes. O Brasil não ganha uma copa há exatos 16 longos anos e a pressão sobre a seleção não se limita só dentro das nossas fronteiras. É no mundo todo. Todos querem ver o verdadeiro futebol que levou o Brasil a ganhar 5 títulos ,não tem choro nem desculpas.

Comentários fechados.