Quando dar espetáculo vira rotina…

Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press

Assistir à uma partida da Seleção Brasileira dirigida pelo técnico Tite se transformou em um imenso prazer, tipo emoção estética, comoção catártica. O adversário pode construir uma “muralha” debaixo do gol. Dar porrada da cintura para cima. A circunstâncias parecem difíceis. A coisa toda pode começar mal, mas a gente tem certeza de que termina bem. Brasil 3 a 0 no Paraguai, nesta terça-feira, na Arena de Itaquera, não foi diferente. A retranca do treinador Arce (ex-lateral do Palmeiras) e o esforço dos irmãos Romero deram em nada. Diante de 44 mil pagantes, dar espetáculo virou rotina e a Canarinho despachou mais um. Como o Peru virou para cima do Uruguai, 2 a 1, a conta fechou de vez e já estamos na Copa dá Rússia oficialmente.

Uma festa corintiana, com certeza. Afinal, a maioria do público era alvinegro. No comando Tite, outra vez ovacionado e indo às lágrimas por gratidão. Em campo, Fagner, Marquinhos, Paulinho, Renato Augusto e no final, de quebra, William. Aliás, Paulinho brilhou novamente. Desta vez, não fez gols. No entanto, deu dois passes de calcanhar para Philippe Coutinho (no primeiro tempo) abrir o placar e outro para Marcelo (no segundo) fechar o marcador. Acompanhando o lance para pegar uma possível sobra, Renato Augusto. Fagner ainda obrigou o goleiro Anthony Silva a espalmar chute certeiro, em grande defesa.

Sejamos justos: Neymar, do Barcelona, também destacou-se. Perdeu um pênalti (aliás inexistente e sofrido por ele próprio) e ainda teve um gol anulado. Mesmo assim, sassaricou para lá e para cá, chamou os paraguaios e terminou com um golaço. Recebeu de Marcelo e disparou pela esquerda. Deixou dois marcadores para trás. Quando entrou na área bateu. A bola desviou em um zagueiro e entrou. Gol foi uma mistura de beleza plástica com explosão física.

Tite, generoso, ainda sacou Marquinhos e colocou o polêmico e sempre criticado Thiago Silva. O Paraguai, por sua vez, não incomodou o goleiro Alisson em nenhum momento. Apenas se defendeu e jogou por uma bola. Tática de Arce deu errado e 3 a 0 saiu barato até para los hermanos. Mais uma bela exibição brasileira. Tite merece mesmo uma estátua. Invicto e classificado para 2018. Magnífico.

E tenho dito!