Muito triste para todos nós a morte do técnico Carlos Alberto Silva, 77 anos, ocorrida nesta sexta-feira. Tinha uma grande admiração por ele desde os tempos do Guarani quando, em 1978, encantou o Brasil com um quarteto sensacional, formado por Capitão, Renato Pé Murcho, Careca e Bozó. Despachou o alviverde imponente e sagrou-se campeão nacional. De lá para cá, somou sucesso sobre sucesso, sendo bicampeão português pelo Porto (1992/1993), com reconhecimento internacional.
Carlos Alberto esteve no programa “Mesa Redonda”, da TV Gazeta, em um dia perdido dos anos de 1990, e soltou uma frase lapidar: “A relação de um técnico com uma equipe é bem parecida com um casamento. Não basta apenas vontade, desejo, admiração, parceria e respeito. As coisas precisam se encaixar. E isso é muito difícil. Daí muitos casais se separam e treinadores perdem o emprego a toda hora”, detonou.
Uma abstração profunda e verdadeira. Telê Santana no São Paulo. Tite no Corinthians. Felipão na seleção portuguesa. Guardiola no Barcelona. Recentemente, Zidane no Real Madrid. Até mesmo Zagallo na seleção brasileira. Carlos Alberto era um “professor”. Sabia se impor, dentro e fora de campo, inovou com uma preparação física diferente (com Hélio Maffia) e era um estudioso de esquemas táticos como poucos na época.
Que o professor Carlos Alberto descanse em paz.
E tenho dito!