Fazia tempo não se via tamanho domínio de bola de uma equipe só em um clássico. O Corinthians venceu o Santos por 1 a 0, praticamente no final da partida (de Giovanni Augusto), porém não deixou o adversário encostar o pé na bola. O goleiro Walter ficou como naquele famoso funk: tranquilo e favorável os 90 minutos. O Peixe não chutou uma vez sequer ao gol corintiano, nem ameaçou com jogadas longas ou bolas paradas. Serviu apenas de sparring para o Timão, de sombra como boxe, sem incomodar um instante.

Haja retranca por parte do técnico Dorival Junior. Mandou os onze jogadores marcarem para trás da linha bola. Parecia até estar brigando pelo empate ou por uma derrota amena, o que acabou acontecendo. Treinador santista deu azar. Desta vez, o Timão soube esperar o erro da zaga santista. A Fiel (mais de 30 mil pagantes) incentivaram o tempo todo à espera do golpe de misericórdia.

A jogada fatal ocorreu apenas no segundo tempo. Começou com uma falta em Giovani Augusto. Ele mesmo cobrou. A defesa peixeira cortou de cabeça. A bola parou nos pés de Guilherme. No primeiro cruzamento, o camisa 10 errou. No rebote, colocou “com as mãos” na cabeça de Felipe. O beque testou para Cristian e esse, também de cabeça, escorou para Giovanni Augusto. Com categoria e charme, tocou no meio nas pernas de Vanderlei: 1 a 0.

Tite, por sua vez, fez mudanças estranhas. Lucas no lugar de Marquinhos Gabriel. André no de Luciano (quase marcou de cabeça no primeiro tempo), além de sacar Bruno Henrique e colocar Rodriguinho. Nenhuma delas mostrou-se eficaz. No entanto, de todos em campo desta vez o destaque ficou para o veterano Cristian. Chamou o jogo para si, marcou, combateu, armou e errou pouquíssimos passes. Lembrou aquele jogador de antes ou até melhor.

Terceira vitória seguida, com seis gols marcados e nenhum tomado. Viva o 4-3-2-1. O tal 4-4-1 nunca mais. Espero…

E tenho dito!