
Por Tiago Salazar
Lembra que eu falei sobre a minha jornada para chegar ao Catar? Pois é. É longe, muito longe do Brasil. Tão longe, que algumas polêmicas não conseguem alcançar quem está por aqui.
Pouco antes do primeiro treinamento da Seleção Brasileira em Doha, no domingo, Paquetá foi até um camarote do Grand Hamad Stadium e deu um abraço no próprio filho, que estava chorando, irritado com algo. Não durou mais de cinco minutos e o jogador partiu para o trabalho, normalmente, enquanto a mãe da criança seguiu atenta.
Nós, jornalistas, estávamos ao lado, registrando tudo, com os olhos e com as câmeras. Não houve estranhamento, não houve interrupção do trabalho no campo, nada.
Mas, poucas horas depois, percebi que o caso ganhou vasta repercussão por àqueles que não estavam no Grand Hamad Stadium.
Bati um papo com algumas pessoas da CBF e outros amigos jornalistas, pois, admito, fui pego de surpresa com a ‘problematização’.
E, por fim, o que posso dizer e também informar é que o abraço de Paquetá no filho não gerou nenhum problema interno, não foi mal interpretado pela comissão, aliás, muito pelo contrário, e dentro da Seleção isso sequer se tornou assunto.
Muita gritaria de fora e de longe, e por muito pouco, convenhamos, ou alguém acha que Paquetá vai errar um passe por isso? Ficar longe da família, ao meu ver, e pela experiênciade pai que sou, não ajuda em nada.
Portanto, o Brasil que busca o hexa segue seu caminho sem polêmcia. Ainda bem. Neste caso, a distância ajudou.
