F1 disputa neste final de semana mais uma edição de seu GP mais antigo: o da Inglaterra, que foi palco do primeiro Grand Prix da história da categoria, em 1950; Brasil tem histórico de vitórias nesta corrida

O Brasil não tem um representante na F1 desde 2018, com a aposentadoria de Felipe Massa, mas o protagonismo nas categorias de base segue forte com três pilotos na Formula 2 (Felipe Drugovich, Pedro Piquet e Guilherme Samaia) e dois na Formula 3 (Igor Fraga e Enzo Fittipaldi). Os cinco estarão em ação neste final de semana nas preliminares do GP da Inglaterra, que será disputado neste final de semana em Silverstone, com portões fechados por conta da pandemia do novo coronavírus.

Mas Silverstone é palco de grandes conquistas do Brasil na F1 – inclusive o último triunfo de Emerson Fittipaldi na principal categoria do automobilismo mundial foi justamente nesta pista, há exatos 45 anos, no GP da Inglaterra de 1975.

Quem também fez história foi Ayrton Senna – que venceu o GP de 1988, vitória crucial naquele ano para conquistar seu primeiro título mundial. Debaixo de chuva, superou as duas Ferraris que surpreenderam ao conquistar a única pole que escapou da McLaren naquele ano – Senna saiu 13 vezes na frente e Prost, nas outras duas.

Nas categorias de base, o domínio de Senna era tanto que a imprensa inglesa chegou a usar o título de “Silvastone” para designar o circuito inglês – Ayrton usava ainda o sobrenome paterno nas categorias como Formula Ford, adotando o “Senna” a partir da F3 aconselhado pelo também piloto Chico Serra.

E quem brilhou de Ferrari em Silverstone fazendo o Hino Nacional tocar neste circuito que recebeu o primeiro GP de F1 em 1950 foi Rubens Barrichello. Com uma vitória histórica, e com muita emoção (e até com invasão daquele padre irlandês), ele venceu o GP da Inglaterra de 2003. E por falar em Barrichello, hoje se completam exatos 20 anos de sua primeira vitória na F1, em 2000, no GP da Alemanha, em Hockenheim.

Na época, o jejum de vitórias brasileiras já era bem incomodo – sete anos entre este triunfo e o de Senna em Adelaide, fechando a temporada na Austrália com a vitória em 1993. Agora, o Brasil está a mais de 11 anos sem vitória – a última foi justamente de Barrichello em Monza, com a Brawn.

Mas ainda há esperança para o futuro, como falamos no programa Gazeta Esportiva deste mês, dentro do Momento Velocidade. Além dos cinco representantes nas categorias de acesso da F1, temos uma nova safra que vem forte no kart, como é o caso do jovem Rafael Câmara. Com apenas 15 anos, ele já igualou feito de Senna ao se sagrar vice-campeão do mundo de kart com uma atuação impecável no Mundial disputado na Finlândia em 2019.

Mostramos algumas imagens dele aqui no programa:

Neste final de semana, Rafael estará em ação no Europeu de Kart, campeonato que também revelou talentos para a F1 recentemente, como Charles Leclerc, Max Verstappen e os campeões Lewis Hamilton e Sebastian Vettel. Ainda não sabemos quanto tempo este jejum de vitórias do Brasil na F1 vai durar, mas, assim como o dia 30 de julho de 2000 foi um dia histórico de redenção para nosso automobilismo há exatos 20 anos, este momento há de chegar para esta talentosa geração.