Pênalti claro não marcado a favor do Corinthians no jogo com o Fortaleza

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Aos 13 minutos do segundo tempo, da partida Fortaleza e Corinthians pela Copa Sul-americana, ocorrida ontem, 17/09, Pedro Augusto, defensor do Fortaleza, segurou claramente, em sua própria área penal, o Yuri Alberto, do Corinthians, e o impediu de jogar ou tentar jogar a bola, causando o impacto que a regra exige para caracterizar esse tipo de infração.

O impacto físico ficou muito evidente porque o atacante caiu, tornando a ação do defensor, além de clara, ostensiva. A não marcação do penal por Dario Herrera, portanto, caracterizou “erro claro, óbvio”, que exigia a atuação do VAR. Erraram, desse modo, o árbitro e, mais ainda, o VAR.

A alegação de que o ato de segurar não teria sido suficiente para derrubar o jogador não se justifica e por duas razões. A primeira é que a regra não exige a queda. Depois, porque se, além do impacto, queda houve, somente tratando-se de clara simulação, o que não aconteceu neste caso, é que se poderia desconsiderar a queda. As análises das arbitragens devem basear-se em fatos, não em imaginação, em subjetivismo. Ademais, para sustentar a tese da não falta, ressoou ainda mais absurda a observação de que esse tipo de infração não é marcado no país do árbitro. A regra é universal, não regional. Aliás, nessa toada e se fosse o caso, por ter sido o jogo entre brasileiros e no Brasil, Dario Herrera e o VAR, Mauro Vigliano, deveriam agir à semelhança do adágio: “Em Roma, como os romanos”.

O certo, contudo, é que cumpre ao analista definir se houve ou não falta, tendo como base as regras do jogo, que são universais, jamais os usos e costumes, sobretudo estrangeiros e especialmente se particularíssimos. Analisar arbitragem de tal modo é menos analisar e mais praticar ato de contorcionismo.

É por essas e outras que as arbitragens, o VAR e futebol vivem momentos de inconsistência e de desencontros, porquanto as regras do jogo, seu conteúdo e seus princípios estão sendo preteridos por vontades pessoais. Em conclusão, afirma-se que comentários dessa natureza agridem as leis do jogo e a essência do futebol, produzindo resultado negativo, pois apenas desinformam o torcedor e geram confusão.

Fechando tudo, constata-se que, com esta decisão, o VAR da Conmebol, que tem adotado outra linha, imitou o da Premier League e formou uma dupla muito desafinada, por isso que a dupla não é sertaneja!

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