Peixe, Daniel e o clássico maior

Na estreia do técnico Carille, o Santos me fez lembrar dos antigos editoriais da Folha dos tempos do Nabantino Ramos: todavia, contudo, entretanto, porém, outrossim…

Nem foi aquele time excessivamente defensivo como consta do portfólio de Carille, nem aquele Peixe destemido de sua gloriosa história. Ora, ficava aqui, de olho nos movimentos do Bahia, ora ameaçava ir lá, mas sem muita convicção.

Como o Bahia respondia na mesma moeda, o jogo pastoso terminou em 0 a 0, claro.

Assim, ambos continuam flertando com a zona da morte, a exemplo do São Paulo, que neste domingo enfrenta o Fluminense, sem que se saiba ao certo com que escalação.

A única garantia é a ausência de Daniel Alves, que não joga mais pelo Tricolor. De um lado, porque o craque não recebe o devido do clube; de outro, porque a diretoria resolveu dispensá-lo de vez diante desse impasse, que, pelo jeito, vai acabar nas barras dos tribunais.

Impasse, aliás, que nem deveria sido semeado, se a antiga a diretoria tricolor tivesse um pingo de juízo. Afinal, mergulhado em dívida atroz jamais deveria ter feito uma aposta tão alta, contratando um craque de nível internacional, já veterano, que chegou requisitando a simbólica Camisa 10, costumeiramente destinada ao grande artífice de meio de campo de qualquer time brasileiro.

Em nenhum momento de sua longa e gloriosa carreira como lateral-direito, Daniel Alves revelou o mínimo cacoete para exercer tais funções. E deu no que deu, nessa soma de erros das duas partes.

Mas, antes de Daniel e o clássico entre os Tricolores, assoma o palco do Brasileirão o clássico entre Palmeiras e Flamengo, dois dos três principais candidatos ao título nacional (o outro é o líder Galo, claro).

De cara, não há favorito. Mas, o Verdão, desta vez, leva uma vantagem inicial com as ausências de alguns titulares significantes do Fla, como, por exemplo, Bruno Henrique, que há muito merece uma chance na Seleção já que a ponta-esquerda segue sendo um espaço vazio no time de Tite.

Por seu lado, o técnico Abel tem todo mundo nos trinques à disposição. Resta saber se saberá aproveitar essa vantagem devidamente.

O resto, ficará por conta da bola, essa carinhosa traidora.

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