Segue o líder

Palmeiras lidera o Campeonato Brasileiro (Foto: Divulgação/Cesar Greco)

E segue líder o Palmeiras com mais essa vitória sobe o Fluminense, no Parque, com pinta de que dificilmente será superado neste Brasileirão, embora o caminho seja longo e pontilhado de surpresas.

Não foi uma exibição de gala do Verdão, nada disso. O jogo foi equilibrado, com momentos de supremacia do Tricolor carioca, que, por sinal, proporcionou a jogada mais atraente da partida, logo de início, com uma trama vertiginosa do seu ataque, conjurada por Zé Rafael em cima da risca por duas vezes seguidas, em tiro e cabeçada de Gabriel.

O Palmeiras, porém, desde que abdicou daquela besteira de três zagueiros, é um time mais equilibrado em todos os setores do campo, o que lhe permite defender-se bem, armar e atacar com propriedade.

Pena que ainda seja mais defensivo do que lhe permitiria o perfil de seus jogadores de armação e ataque, em campo ou no banco.

E, assim, o Verdão venceu o Flu apenas por 1 a 0, gol contra de Manoel ainda no primeiro tempo.

Pouco antes, o Grêmio cumpriu mais uma jornada de amargura, ao empatar em casa com o América mineiro, por 1 a 1, num jogo dinâmico e agradável de se ver.

Dessa forma, o Brasileirão vai em frente, sem alterações, tanto em cima como embaixo da tabela.

Resta ver o que farão Flamengo, o grande candidato a desalojar o Verdão, e o São Paulo, nesse clássico do domingo, jogo capaz até de definir a história do Tricolor neste Brasileirão.

NA LINHA DO GOL

Confesso que estou exausto de ouvir comunicadores, sobretudo os comentaristas de arbitragem, ex-juízes e bandeirinhas de todos os gêneros, repetirem o chavão de que “futebol é jogo de contato”. Sim, de contato…com a bola, não com o adversário, pois, desde que no século 19, o futebol se descolou do Rúgbi, isso ficou bem claro.

Jogo de contato físico entre os contendores é o Rúgbi e o Futebol Americano. No nosso futebol, o único contato permitido pela lei do jogo é o ombro contra ombro. O resto é faltoso, meu! Aliás, agarrão com os braços, seja na camisa ou no corpo do adversário, é considerado desde sempre o anti jogo, punível por expulsão. O uso do braço, aliás, é um anátema no nosso futebol.

A International Board, que durante mais de século foi tão ciosa em alterar as regras do jogo, ultimamente vem se caracterizando por distribuir uma enorme variedade de recomendações (algumas, simplesmente imbecis) que só servem pra confundir árbitros e analistas. Tá na hora de dar o devidos nomes aos bois e atacar pra valer essa leniência generalizada da interpretação das leis do jogo que só tem servido pra estragar o espetáculo na sua essência: foot-ball, pé na bola, ponto final.

2 comentários

  1. Olá Helena, concordo em partes com vc nessa matéria Na Linha do Gol. Concordo quando diz que os jogadores estão exagerando nos contatos físicos em campo, mas hoje em dia o futebol não é o mesmo que se praticava há 41 anos quando o Brasil se tornou tricampeão mundial. Era muito lento , sem marcação, e os ataques faziam muitos gols; sobrava espaço para dribladores como Rivelino, Pelé, Tostão e Gerson, etc. Hoje em dia no futebol há muito coletivo, onde os jogadores são muito exigidos tática e fisicamente, e habilidade virou sinônimo de rapidez.
    Os treinadores evoluíram bastante, com táticas defensivas ou ofensivas dependendo do jogo em si. O adversário é estudado minuciosamente. E há muita marcação homem a homem, por região etc. Há jogadores específicos para cada tipo de jogo. Não existe mais a função de ponteiro; laterais tem que defender e apoiar no ataque, e o atacante tem que ser completo, cabecear bem e ter bom chute
    O futebol que se vê hoje é diferente, é mais rápido e objetivo. Há muitas jogadas ensaiadas; bons cobradores de pênaltis e faltas, que podem decidir um jogo. Há um antijogo; pois o número de faltas aumentou. Houve um avanço na preparação física dos jogadores, que precisam correr muito mais que antigamente, ou seja, se tornaram mais “brucutus”
    Os craques de hoje em dia são diferentes do passado, são rápidos e objetivos, não podem demorar com a bola nos pés, porque os marcadores também são rápidos e voltam rapidamente. E é no contra-ataque onde mais se faz gols, onde se ganha uma partida. Hoje em dia técnico é um estudioso do futebol, ganha jogo e é mais valorizado.
    Os craques do passado, com certeza, não jogaria nos times de hoje, ou pelo menos, teriam que se adaptar, inclusive com uma preparação física melhor. Não há mais espaço para o drible nem para jogadas de enfeite, como “chapéus e canetas”. Os times jogam pelo resultado e não por espetáculo. Em outras palavras, não há mais bobos no futebol. Por tudo isso o futebol está a cada dia mais feio de se ver.

    1. Concordo, Bigode! Por esses motivos que acho sem sentido aqueles papos sobre “melhor jogador de todos os tempos”. Vejo aqueles dribles de Pelé ou Garrincha e fico imaginando qual seria a possibilidade de fazer o mesmo hoje (a bola parada e o zagueiro esperando sem chegar junto). “Ah, mas se o Pelé tivesse a mesma preparação física dos de hoje…”. Ué, mas e se o Messi dispusesse do mesmo espaço e tempo que os de ontem?

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