Só faltava o Corinthians. Não faltou. pois o Timão fechou o ciclo de insucessos dos grandes paulistas na rodada inicial do Brasileirão, que começou no sábado com a derrota do Santos e o pálido empate sem gols do São Paulo diante do Flu.

Neste domingo, depois da derrota do Palmeiras para o Flamengo, o Corinthians recebeu em Itaquera o Atlético Goianiense, com seu novo treinador, Silvinho, pela primeira vez no banco. Quer dizer, isso é força de expressão, pois Silvinho passou o jogo todo de pé, tenso, agitado, falando sem parar, em busca de uma melhor organização tática de sua equipe. Em vão.

Ou melhor: não que o Timão tenha se desorganizado como um bando de exilados sem saber qual canto o destino lhe reservava. Simplesmente, não conseguiu, em momento algum, aquela dinâmica sincronizada que lhe permitisse, enfim, atacar o adversário com frequência e ciência necessárias. Entre outras coisas porque o Dragão não se intimidou diante da espada mágica de São Jorge, o patrono do Corinthians.

Aliás, foi além, já no finzinho do primeiro tempo, quando infiltrou-se pela direita na área corintiana, em exatas trocas de passes, até que Zé Roberto vencesse Cássio, cara a cara.

A chance alvinegra veio no segundo tempo quando Mosquito foi derrubado na área adversária. Pênalti!

E aqui, dá-se o milagre: Vital bate mal e Fernando Miguel rebate; o tempo parou quando Vital recebeu o rebote e disparou – Fernando Miguel saiu das nuvens pra defender novamente e garantir a vitória final de seu time.

E a pergunta restou no ar: que milagre salvará esse Corinthians chafurdado em dívidas, com um elenco modesto e um treinador que mal desembarcou de volta ao Brasil, disposto a mudar o perfil desse time em campo, com tantas limitações técnicas e sob o urro da Fiel que pede raça e mais raça?

Só mesmo a ação da grande deusa Paciência.