A bola começou a rolar no sábado com uma grande surpresa: pelas quartas de final da Liga dos Campeões, o City perdeu para o Lyon por 3 a 1 e caiu fora da disputa.

Surpresa maior, que certamente resultou nesse placar, foi Guardiola. Pois aquele que tinha suas feições, esxecutava os mesmos gestos à beira do gramado, parecia o Guardiola, mas era o seu antípoda.

A começar pela escalação do time com dois volantes – Fernandinho e Rodrigo -, quando sua preferência é apenas um ou nenhum. Com isso, o City perdeu sua fluência nas tramas em direção ao ataque, apoiado na marcação alta, e caiu no marasmo geral, o que permitiu ao Lyon botar as manguinhas de fora e sair à frente no placar, aos 23 do primeiro tempo, com Cornet.

Apesar de toda a insuficiência do City, Guardiola só foi mexer no time lá na frente da etapa final, com a entrada de Mahrez no lugar de Fernandinho. E, só no finzinho da partida, é que substituiu Rodrigo por David Silva, depois que De Bruyne, já com sua equipe um pouco mais ao seu feitio habitual, havia empatado.

Só que, logo em seguida, Dembélé desempatou, em lance duvidoso, depois de duas chances claras desperdiçadas por Jesus e Sterling (esta, então, meu Deus!).

Essa, Guardiola, meu filho, pode por na sua conta e de mais ninguém.

À surpresa, mais tarde, sobreveio a decepção, deste lado do oceano.

Nem tanto pela performance do Corinthians, pois não é de se esperar mais do que isso: um time de técnica reduzida, medroso, disposto a tão-somente evitar a derrota, e, se possível, uma bola alçada pra cabeça de Gil ou Jo. E aí, quem sabe, né?

A grande decepção ficou por conta do Grêmio, que dominou a maior parte do jogo, sem, contudo, ameaçar a meta alvinegra com a persistência que se era de esperar da equipe de Renato Gaúcho. Mesmo assim  Jean Pierre meteu um balaço no travessão de Cássio e Diego Sousa chutou pra fora o pênalti que daria a vitória ao Imortal.

Enquanto isso, em Curitiba, dava-se a redenção do Flamengo, o campeão brasileiro que rastejava no último lugar no campeonato recém-iniciado.

Não chegou a ser aquele Flamengo abençoado por Jesus, mas jogou pra ganhar. E ganhou: 1 a 0, gol de Arrascaeta. Isso, porque o técnico Domenèc ouviu a palavra santa e não tocou na obra de seu antecessor.

Por fim, a frustração no Parque.

O Palmeiras de elenco tão abrangente e milionário, diante de um Goiás destroçado pela pandemia, não foi além de mais um tedioso empate por 1 a 1.

Pudera! Atuando novamente com três volantes – Patrick, Menino e Ramires -,, seu setor de criação sofreu novamente de embolia cerebral do início ao fim da partida. E olhe que começou marcando seu gol logo aos 12 minutos de jogo, com Gómez, de cabeça, em cobrança de corner de Menino.

Mas, logo, o Goiás passou a trocar passes e a envolver o Verdão, até que, aos 37 minutos, empatou com Rafael Vaz, numa esperta cobrança de falta por baixo da barreira. E isso foi praticamente tudo, a não ser a inútil sequência de cruzamentos alçados à área inimiga nos minutos finais da partida. O mais pobre de todos os recursos.

É incrível que Luxemburgo, com toda a sua experiência e malandragem, ainda insista com essa formação embutida, mesmo depois de tantos empates seguidos diante de adversários menos categorizados.

Quem sabe, na próxima, sobrevenha a luz verde.