Rosemberg, iceberg

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Os judeus foram perseguidos pelo mundo afora durante séculos. Tratados por muitos como um povo inferior. E mesmo assim produziram figuras incomparáveis como Jesus, Spinoza, Freud, Marx, Einstein, entre outros,  que transformaram o modo de pensar e de ver os mistérios do universo com uma clareza singular.

Talvez por isso mesmo o povo judeu desenvolveu uma capacidade única de rir de si mesmo, criando um anedotário autofágico só igualado, quem sabe, pelos italianos.

Uma dessas antigas anedotas é o diálogo entre um antissemita e um qualquer, a respeito do naufrágio do Titanic, em que o nazistóide culpa os judeus pela tragédia histórica

-Mas, como – pergunta o interlocutor -, se o culpado foi o iceberg?

-Ora, Rosemberg, Iceberg, é tudo a mesma coisa! – responde o cretino.

Neste caso, nada a ver com a etnia, cultura ou religião do protagonista, o diretor de marketing do Corinthians, ao desferir no ar aquela analogia estúpida que, reduzida à sua essência, simplesmente quer dizer que o Corinthians sofre de Aids na visão do mercado internacional.

Disse isso na tv com aquela empáfia de quem sabe os segredos do universo de cor e salteado. Pretensamente, produzindo uma anedota refinada, bem pensada, fruto de uma mente privilegiada que levará as pessoas a uma reflexão profunda sobre os problemas que impedem o Timão de ter este ou aquele patrocinador especial, seja para o time, seja para o tal nameright do estádio já tão envelhecido no nascedouro.

Isso tudo, após o seu departamento de marketing divulgar aquele vídeo estranho em que mistura futebol e religião de maneira tão canhestra.

Resumindo: como diretor de marketing, Rosemberg foi o iceberg da nau do Timão.

NA LINHA DO GOL

Nesta noite de sexta, Ganso estreou no Fluminense, na vitória por 2 a 0 sobre o Bangu. Não, não foi uma estreia cintilante, nem se poderia esperar isso de um jogador que ficou quase dois anos sem jogar nos times em que circulou pela Europa – o Sevilha e o Amiens. Mas Ganso é daqueles jogadores fora do contexto, singular neste futebol brasileiro jogado mais com os pés e o coração do que com a cabeça. e isso ficou mais uma vez evidenciado nos quatro ou cinco passes de Ganso, daqueles que surpreendem o espectador, o adversário, o companheiro e o senso comum atual. Quando entrar em plena forma e atuar ao lado de Luciano, é de se ver.

Foto: Lucas Merçon/;FFC

6 comentários

  1. ALBERTO BOM DIA,agora vc vai ver o tamanho do futebol,que se pratica,nao tenho nada contra o PAULO nem o clube,o estilo lento,que se joga em pelada,vc vai ver que CRACAO aqui contra os bangus e avenidas da vida

  2. Alberto Helena Jr.

    Parabéns pelo texto amigo Alberto, sempre dando aula de como se fazer um jornalismo sério, isento e de alto nível, colocou o dedo na ferida do time de itaquera, que mais parece um leproso de tantas chagas que tem Andrés Sanchez, Rosemberg, André Negão e outros que vem se servindo clube desde 2007, com interesses mais do que escusos, procuram desviar o foco das suas verdeiras intenções, com histórias da carochinha, a ultima de péssimo gosto como aquele vídeo da pretensa religião curintiana, coisa que da mente de quem veio direto lá dos quintos para perturbar todo mundo aqui na terra, porém Deus é maior, gigantesco e colocará essa turminha nos devidos lugares, já com relação a pretensa e arrogante auto afirmação, dita pelo próprio Rosemberg de possuir uma mente brilhante só posso chegar a conclusão de que ele Rosemberg têm na cabeça o que Rui Barbosa tinha nos intestinos. Saudações palmeirenses.

  3. Se o jogo foi bom ou não são outros quinhentos. O que se viu foi que PH Ganso deu um toque de classe ao jogo. Tem gente que não gosta prefere um chutão para fora do campo ou uma bela sarrafada.

  4. PVC é um dos que querem a derrocada do Ganso. Sempre foi contra o jogador mesmo quando estava em grande forma. Vejam a ironia dos seus comentários. Comentarista do mercado é assim mesmo não dá ponto sem nó.
    PVC

    23/02/2019 00h51

    O Fluminense jogou com bola no pé, como dele se espera, com a filosofia de Fernando Diniz.

    Mas o primeiro gol da estreia de Ganso nasceu num pombo sem asa. Ganso não estava nem perto, mas Digão acertou um petardo da direita, no ângulo do goleiro do Bangu.

    “A atuaçãoo do primeiro tempo foi sonolenta em alguns momentos”, disse Fernando Diniz.

    O time seguiu na segunda etapa trocando passes. Fernando Diniz disse que trocou mais, mas foram menos (310 no primeiro tempo contra 297 no segundo).

    Não foi este o caso.

    Na estreia de Ganso, o que resolveu a partida foi um pombo sem asa. Chutaço de Digão no finalzinho do primeiro tempo.

    No segundo, Caio Henrique fez 2 x 0.

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  5. Alberto
    Sempre acompanho suas colunas.
    Cuidado ao defender Rosemberg. Ele , em várias ocasiões, apesar de ser judeu tem se mostrado racista e homofóbico.Vi , mais de uma vez, na tv, ele chamar torcedores do São Paulo de bambus.Precisa mais?

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