Zero a zero, y nada más…

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press

Então, você passa a manhã e a tarde sábado se deliciando com aqueles jogos europeus emocionantes, disputados no fio da navalha, lá e cá, sejam clássicos, sejam grandes contra pequenos aguerridos, e, no cair da noite, é forçado, por dever de ofício, a mergulhar nesse sombrio universo brasileiro, cada vez mais escuro e desesperançoso.

O São Paulo, jogando em casa, precisava desesperadamente de uma vitória revigorante sobre o Furacão, daquelas de, não só estancar a queda vertiginosa na tabela do Brasileirão neste segundo turno, como plantar um sorriso de esperança no seu torcedor. De seu lado, ao Atlético PR, em ascensão neste período, bastava aguentar as pontas.

Bem, foi o que fez, embora tivesse o domínio do jogo por um tempo maior do que o do São Paulo, que, mais uma vez, decepcionou, nesse empate por 0 a 0. E decepcionou apenas aos que esperavam mais dele, pois este velho escrevinhador não esperava mais do que isso. Sobretudo, a partir da escalação do time, com Nenê no banco, Reinaldo na ponta-esquerda e tal e cousa e lousa e maripousa, repetição constante de velhos equívocos.

Ora, Nenê é a única mente lúcida em todo o elenco tricolor. Sem ele no meio de campo, reina a mais absoluta escuridão, que se espalha, claro, pra todo o resto do time.

Assim, tudo o que o Tricolor conseguiu obter no primeiro tempo foi aquela cabeçada de Diego Souza na trave, em cruzamento da esquerda.

Na etapa final, só depois da entrada de Nenê, no lugar de Diego Souza (mais ajuizado seria tirar Hudson ou Luan), foi que o São Paulo conseguiu criar algo, embora o Furacão chegasse com Pablo às traves tricolores, pouco antes de Nenê disparar no poste de Santos, em desvio do beque.

E isso foi tudo que se pôde extrair desse jogo desenrolado a maior parte do tempo em trocas de bola nas duas defesa, muitos passes errados nas transições ao ataque, faltinhas daqui e dali, y nada más, como no desconsolado bolero de tempos idos.

 

3 comentários

    1. Certo Carlos. Nao e’ o pior mas nao serve pra esse time que precisa um outro tipo de tecnico.
      (Tite, Marcelo Oliveira, mesmo um Carille, e outros que fazem o time ser organizado em campo)
      E’ um time que luta, sem duvida, mas nao e’ o suficiente. Esse Carneiro eu estava em duvida mas ele vai ter
      um peso grande nas atuacoes do time. O Everton Felipe sera outro bonde ? Abracos sampaulinos.

  1. Nobre, Helena Júnior, Nenê, Pedrinho, Araus, Lucas Lima, no banco, em seus respectivos Clubes, são a maior prova de uma triste realidade,que escancara o porque, de nosso futebol estar agonizando. Os responsáveis por tal barbárie, contra esses talentos, Clubes e torcedores, são os tais “treinadores”, bancados por presidentes. Já dizia meu saudoso avô João, em patrão e louco, ninguém manda … Os presidentes, depois de eleitos, sentem-se donos dos Clubes, se forem loucos então, fazem o que lhes dão na telha. Os “treinadores”, depois do contrato assinado, sentem-se donos do Time, se forem loucos então, fazem um estrago. E quem sofre as consequências, são os craques, os Clubes e nós torcedores, que devemos pensar numa forma de impedir tal aberração, sei lá, talvez procurando saber com antecedência as escalações das Equipes, e na ausência daqueles que realmente sabem jogar, e tem potencial para proporcionar espetáculo, não comparecer aos Estádios, nem assistir pela teve, ou ouvir pelo rádio, enfim não dar audiência , deixando assim de alimentar, “esses patrões, esses loucos” !

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