Matar ou Morrer, eis a questão

Agora é matar ou morrer, como no clássico faroeste estrelado por Gary Cooper, que, dizem, matava o tédio daquela legião de mocinhas dispostas a cavalgar na garupa de seu poderoso alazão.

Matar é o resultado do ato de atacar o adversário e eliminá-lo de vez. Isso, no conceito geral. Mas, no futebol, nada é o que parece necessariamente ser. Ainda mais nestes tempos de tanta violência e muitas retrancas. Cada vez mais, o que vira a cabeça de técnicos e jogadores é o título; de um filme B – A Última Estocada -, perdido na memória já difusa do velhote aqui.

No futebol, o contragolpe mortífero.

Em geral, tem sido assim nesta Copa. E tenho dúvidas que será diferente nas fases que se avizinham.

Talvez, o jogo de abertura do mata-mata universal contrarie essa percepção, neste sábado, pois a França entra em campo apoiada na excelência técnica da maioria dos seus jogadores, e a Argentina a enfrenta no embalo da ressurreição, o morto que voltou milagrosamente à vida, ávido de tomar o destino em suas mãos, convencido de que é imortal.

Foto: GABRIEL BOUYS/AFP

Como agrupamento de jogadores, a França é melhor. Mas, a Argentina tem, além desse fator quase esotérico, Messi, um craque além de todos os limites, disposto pelo visto a marcar presença definitiva nesta Copa, depois do início titubeante.

No plano emocional, que conta demais nesse tipo de disputa, parece-me que a Argentina leva vantagem sobre uma França que até agora não deu sinais de ensejo extra, tampouco de uma organização coletiva de jogo compatível com a alta técnica de seus jogadores.

Nesse sentido, então o que dizer de Uruguai versus Portugal? Enquanto a Celeste sempre se caracterizou pela fibra de seus jogadores, Portugal sugere o inverso.

Ora, pois, pois!, retrucará o murruga amigo. E Cristiano Ronaldo não conta?

Conta, sim, avozinho. E conta muito. Mas, como diz o próprio treinador lusitano, se depender só de Ronaldo, estamos fritos.

Além do mais, o Uruguai tem lá na frente dois tipos que, juntos, valem quase um CR7 em matéria de eficiência na busca das redes adversárias – Suárez e Cavani.

Cá entre nós, desconfio que nossos irmãos do Sul, seguirão comendo pelas beiradas.

Mas, tudo isso, claro, não passa de meras suposições da véspera. Na hora H é que saberemos quem matou e quem morreu nessa dramatização de um Duelo de Gigantes (outro faroeste clássico).

 

6 comentários

  1. Alberto,
    Outro estilo de jogo, outra Copa a ser disputada a ser pensada por Tite (já está pensado neste momento).
    Como eu havia dito no comentário anterior, vamos ver quem é mais Técnico e mais time.
    Quando digo isso, quero dizer que não se trata de beleza artística do futebol bem jogado, que ilumina qualquer um que conheça um pouco de futebol, mas sim, e isso é fato, futebol feio, marcação feroz, vontade e sorte na bola bem chutada.
    Resultados de 1 a 0 é o que não faltarão, pode crer nisso.
    Infelizmente está desta forma, e, quem achava que o “cerne” do futebol morava na Europa…ora, meu amigo, ledo engano, na verdade não mora em lugar algum.
    Sorte para nós na segunda-feira.
    Grande abraço e saudações.

  2. Alberto Helena Jr.

    Penso que a seleção amarelada da Nike do Brasil varonil não passa pelo México pelo simples motivo de que o treineiro contratado e manipulado pela Nike não sabe jogar campeonato mata mata, veja o seu histórico no pangaré itaquerense e verás muitas eliminações do clube da Zona Losst a mais terrível para o time do Tolima numa pré libertadores, já estou vendo segunda feira o México rolando a bola e cozinhando o jogo para numa bola vadia definir o jogo com o cara de gluteo Tite a beira do gramado sem saber o quer fazer, ainda mais que o México joga de verde e gamba e ex gamba quando vê verde pela frente treme nas bases. Saudações palmeirenses.

  3. Caro Mestre, Gary Cooper(heroi de filmes inesquecíveis como Por quem os sinos dobram por exemplo), tinha predileção pelo outro heróí(Hopalong Cassidy) com quem viva casamento homo-afetivo décadas antes de ter virado lei la nos “isteits”., e menos muito menos do que nas moçoilas. Quanto a esses encontros entre grupos de 11 pessoas de cada lado e uma ruma de sopradores de apito(e ainda declaram essa idiotice de “contato leve” no caso Miranda/Suiça)me recuso a reconhecer com o velho esporte bretão, o nosso Ludopédio, como o queria o nosso Águia de Haia. O nome exato para o que se vê é Totó(para cariocas) ou pebolim para os da desvairada. Via de regra uma chatura só. Fazer o goleiro participar do jogo com os pés é uma coisa, mas se livrar da bola, por absoluta falta de categoria, desde o meio de campo é insuportável. Não pense VS, querido Mestre que desgosto dos jogos. Pelo contrário adoro-os pois estão me curando de uma mazela crônica: Minha velha e (quase) inseparável insonia.
    Abraços Venerando mestre.
    RRR

    1. Meu digno faraó, sua observação me surpreendeu, porque nunca ouvi ou li nenhuma referência a esse estranho caso. Sempre soube que Gary Cooper era um tremendo garanhão, super-dotado,diga-se. Procurei no Google e todas as referências confirmavam isso, inclusive citando seus casos com Ingrid Bergman e Patrícia Neal, dentre muitos anos. Será que o amigo não está confundido a dupla Gary Cooper-Hopalong Cassidy com a de Cary Grant-Randolph Soctt, outro mocinho famoso do faroeste?
      Abraços

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *