Isso é o meu Brasil, foi Deus quem criou, era o verso inicial de um samba-exaltação muito em voga nos anos 30/40, quando o nosso querido avozinho d’além mar era mote de piadas feitas por brasileiros e se repetia a boca pequena o dístico do escritor Stefan Zwei – Brasil, o País do Futuro.
Chegamos ao futuro e o que ele nos reserva? Tomamos surras diárias de um exercito de pernilongos portadores de dengue, chikungunya e febre amarela, chafurdamos no pântano imenso da corrupção dos poderosos, esquecemos definitivamente de nossas artes e ofícios, e chegamos a provocar gargalhadas do nosso avozinho d’além mar quando, por exemplo, o nosso horário de verão começa na primavera e termina em pleno verão.
E que dizer de um clássico – o mais histórico do futebol paulista -, denominado O Derby, que é marcado para uma tarde de sábado em vez do tradicional e nobre domingo.
Bem, que fazer se esse é o desígnio de nossos cartolas?
Em todo caso, é mais um Corinthians e Palmeiras, em que, novamente, o Verdão se apresenta como favorito, se é que isso existe em clássicos desse quilate. Favorito porque tem um elenco muito mais habilitado e porque cumpre campanha exemplar no Paulistinha: ganhou todas, até empatar duas em seguida. Enquanto isso, o Timão, que buscava um novo caminho depois das conquistas da temporada passada, deu um passo atrás diante de alguns tropeços.
E aqui entra um componente que escapa às diferenças técnicas e táticas das duas equipes: o emocional, algo fluido, imprevisível, mas decisivo em casos assim.
Jogando em casa, com o apoio maciço da Fiel, como reagirá esse Corinthians, pelo jeito, predisposto a se fechar lá atrás disparando eventuais estocadas ao ataque, contra um time que tem sua maior força na linha ofensiva?
Ou melhor: como agirá a Fiel diante desse cenário?
Na boca do histórico e saudoso alvinegro Vicente Matheus, é uma faca de dois legumes: tanto pode o Corinthians atirar-se à luta com unhas e dentes para sair do impasse em que vive, pois ganhar o Derbi é sempre um salto de patamar, quanto se acanhar diante do adversário mais poderoso no momento.
Quanto à Fiel, todos sabemos, é tão pródiga em incentivo como nas vaias diante de eventual frustração.
E o Verdão, que entra em campo sob o dilema de ser favorito mas atuando no terreno alheio?
Bem, a resposta pra isso tudo será dada à noite…de sábado, pfiu…
E nada de você falar também do Fla x Flu, também no mesmo dia.Mas entendo a sua dor de cutuvelo,em deixar de falar do clássico mais famoso do mundo.E assim caminha a mediocridade da imprensa paulistana.
É isso, Alberto.
Vamos ver outro belo clássico entre os maiores do mundo, ouso dizer.
Grande jogo, seja marcado para qualquer dia e hora ,sempre será eterno em sua essência.
Que vença o melhor, ou o melhor na sorte da bola, grande jogo para sábado.
Vamos aguardar algumas horas e ver quem tem mais garrafas vazias para vender.
Dito isso, vamos lá.
Grande abraço e saudações.