Peixe e Timão: 1 a 1

Foto: RODRIGO BUENDIA/AFP

Libertadores vale mais do que Sul-Americana? Então comecemos pela Libertadores, na qual Santos, Grêmio e Botafogo deixaram as vagas para a próxima fase penduradas na indecisão dos empates.

O empate do Peixe, por 1 a 1 com o Barcelona, em Guaiaquil, claro, foi mais conveniente do que 0 a 0 entre Botafogo e Grêmio, no Nilton Santos. Afinal, há de se contar o tal gol qualificado fora de casa.

Mas, o que me intriga nos últimos tempos é ver nossos times jogando lá fora na Libertadores e congêneres comportando-se como apavorados times pequenos, incapazes de botar a bola no chão, envolver o adversário, em geral tecnicamente mais frágeis, e ganhar ou empatar, se for o caso, de fronte erguida.

Nem mesmo quando saímos na frente, como foi o caso do Santos, que abriu a contagem logo ao primeiro minuto da etapa final, com Bruno Henrique colhendo de cabeça cumprimento igual do companheiro Braz.

Foi marcar o gol, e entrar em pânico, em vez de assentar os nervos e controlar o jogo.

Era evidente que a pressão exercida pelo Barcelona dos 20 minutos até o final terminaria em empate, como ocorreu na cobrança de corner bem acolhida pela cabeça de Jonathan Alves, aos 33 minutos. E olhe que a virada só não veio por intervenção divina de Vanderlei, como de hábito, diga-se.

Agora, passemos à Sul-Americana e o empate também por 1 a 1 do Corinthians com o Racing, em plena Itaquera.

Eis que o Timão jogou bem durante todo o primeiro tempo, fez 1 a 0 com Maycon, em exibição primorosa, e tudo se encaminhava pra um placar capaz de não só garantir o Corinthians pra fase seguinte do torneio, como, sobretudo, reabilitá-lo emocionalmente para seguir líder sem reservas do Brasileirão.

Mas, se no primeiro semestre do ano tudo o que o Timão fazia de errado dava certo; agora, parece que nem fazendo o certo tem êxito pleno. Claro que pode vencer em Avellaneda, pois o Racing não é nenhuma potência mundial, mas tá na hora desse time engrenar uma segunda e deixar de patinar no asfalto molhado. Como gosta de dizer a Fiel: Vai, Corinthians! Acrescento: Pô!

 

NA LINHA DO GOL

Espie só Guardiola em ação. O jogo é contra o Feyenoord, campeão holandês, em Roterdã, estádio cheio e tudo o mais. O Feyenoord não é uma potência internacional, embora tenha camisa e histórico respeitáveis. Pois, Guardiola simplesmente escala seu City com apenas um volante – Fernandinho -, que é daqueles que se mandam o tempo todo. De resto, três meias de armação e chegada (o português Bernardo Silva pela direita, o espanhol David Silva pela esquerda, e o belga De Bruyne), atrás de dois goleadores eméritos – Kun Aguero e o menino Jesus. Já com 3 a 0 no placar, Guardiola botou em campo mais três jogadores ofensivos- Sané, pela esquerda, Sterling, pela direita, e um meia típico no lugar do volante Fernandinho: 4 a 0 pro City, fora os tantos gols perdidos.

Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

Agora, pegue o Rueda, colombiano que veio com todas as pompas de modernidade  ao Flamengo. Contra a Chapecoense, um dos lanternas do Brasileirão, apesar de todos os recursos que lhe oferece o Flamengo, entra e sai de campo com dois volantes, o que obriga o hábil meia Everton Ribeiro ficar no banco até os 45 minutos do segundo tempo, quando foi chamado a intervir. No lugar de quem? De Diego, o outro craque do time. Resultado; 0 a 0, num jogo sem graça.

 

3 comentários

  1. O volante normalmente jogador de segunda linha, para os treinadores brasileiros é que dão sustentação e solidez às defesas. Ledo engano. tanto é que Guardiola já provou isso por A + B. Quanto mais técnico o meio de campo, mais sólida é a defesa e mais letal é o ataque. Nesses termos não haveria espaços para jogarem num mesmo time duplas como Fernandinho/Paulinho Casemiro/Paulinho simplesmente porque nenhuma delas tem qualidade técnica, mobilidade e criatividade suficientes para dar ao meio de campo o equilíbrio necessário. O time fica capenga quando ataca. Vai convencer Tite, Dunga e outros gênios mais que eles estão equivocados.

  2. Pois é, Pô, não é, Alberto.
    E olha que o primeiro tempo não foi tão ruim assim.
    As mudanças que não entendi muito bem do Carille foram o que atrapalhou o andamento do time so segundo tempo.
    O racing cresceu e acabou empatando o jogo.
    Não pode ter “inveção”, não agora, vamos ver o que vai dar no domingo.
    Vai ser um divisor de águas para o timão.
    Grande abraço e saudações.

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