Massacre tricolor: 4 a 0

Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press
Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press

Sob o impulso de um Morumbi lotado e delirante, o São Paulo, ao longo de todo o primeiro tempo, simplesmente massacrou o Toluca, tática e tecnicamente.

Desde o apito inicial debruçou-se sobre a área inimiga, disparou mais de vinte tiros à meta, duas nas traves e mais duas nas redes, sem falar nas rebatidas do goleiro Talavera e naquelas que zuniram diante do gol mexicano.

Logo de cara, aos 11 minutos, Michel Bastos, um dos destaques nesse período, soltou a bomba que Talavera rebateu pra escanteio. Corner cobrado, Ganso de cabeça obrigou o goleiro a fazer defesa difícil, O mesmo Ganso, em mais uma noite inspirada, disparou de longe para o goleiro rebater de peito, aos 13.

Mas, aos 26, Talavera teve mesmo de buscar a bola nas suas redes: lateral cobrado por Bruno, quica na área e cai na canhota exata de Michel Bastos: 1 a 0.

A pressão tricolor era insuportável e Kelvin, aos 29, bateu de canhota da direita bola que se choca no poste direito, goleiro batido. E, aos 35, Kelvin repete a ação, só que desta vez no travessão, depois de bela trama entre Ganso e Mena.

Por fim, aos 44, não havia trave, nem poste, tampouco as auto limitações de Centurión, e o argentino, em jogada esperta, fez um golaço metendo a bola no ângulo: 2 a 0.

No segundo tempo, o Tricolor reduziu a pressão, mas seguiu sendo melhor, a ponto de logo aos 7 minutos ampliar a contagem, com Thiago Mendes, na sequência de vertiginosa tabela com Ganso. E, aos 16, Centurión, creia!, emplacou os 4 a 0 finais, em bola alçada na área e dividida por ele, Ganso e dois zagueiros mexicanos.

Bem, aí El Patón resolveu mexer no time. Sacou Kelvin, que vinha jogando muito bem, e colocou em campo Kardec. Mais tarde, trocou Centurión por Wesley, e, por fim, Lucas Fernandes por Ganso.

Nessas alturas, o Tricolor já havia abdicado de atingir um placar desses que não restam a menor dúvida, como diria a saudosa Aracy de Almeida.

De qualquer forma, foi uma goleada que deixa o São Paulo em situação muito confortável para o jogo da volta, no México.

E que serviu para injetar uma dose extra de moral para Centurión, Thiago Mendes, Michel Bastos e outros tantos que não vinham bem na equipe.

Isso, sem falar na exibição de gala de Ganso, um craque como nenhum outro no nosso futebol, ainda vítima da miopia nacional que só consegue enxergar o clichê da hora.

2 comentários

  1. Dunga relaciona Ganso na pré lista da Copa América. Não acredito que Dunga vai fazer de novo com o PH Ganso o que ele fez em 2010 cortando o jogador da lista dos 23, ai seria uma tremenda injustiça e não ficaria nada bem. Ótima escolha. Eu que sempre critico Dunga sou obrigado a dar-lhe os parabéns afinal Ganso vem jogando demais..

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