Pego pelo rabo, pois ia-me escapando a convocação dos reservas dos reservas da Seleção para a Copa América. E o que chamou a atenção foi, sem dúvida, a presença de Kaká na lista dos sete, vista mais como uma homenagem àquele que já foi o melhor do mundo.
Tecnicamente, não sei como anda Kaká lá pelas terras do Império. Recentemente, esteve no São Paulo, onde se apresentou muito bem de início. Nos jogos finais, porém, só atuou de fato como líder, segundo depoimentos de seus companheiros.
Sei que outros dois meias, bem mais jovens, andam muito bem em seus respectivos times na Europa: Felipe Anderson, cria do Santos agora na Lazio, e Rafinha, filho de Mazinho e irmão de Thiago Alcântara (este, sim, o craque que perdemos para a Espanha), no Barça. Um destro, outro canhoto, ambos sabem trabalhar a bola, tanto na criação quanto na chegada à área.
Aliás, lamento que na chamada geral, Dunga tenha insistido na presença de cinco volantes (Fred é o reserva dos reservas nessa posição) de ofício, obedecendo à liturgia do dogma de dois especialistas nessa função no time titular, quaisquer que sejam os nomes.
Por mim, gostaria de ver nosso time mais solto e envolvente. Por exemplo, com uma formação assim, ó: Luiz Gustavo, William e Everton Ribeiro; Robinho, Tardelli e Neymar. Meias como Everton Ribeiro, que começou sua carreira na lateral-esquerda do Corinthians, e William têm um senso de marcação muito desenvolvido, ao qual se soma a capacidade de criação e envolvimento que falta aos volantes em geral.Essa turminha junta – todos hábeis e velozes -, estou convencido, faria um estrago danado nas defesas adversárias.
Na pior das hipóteses, nos divertiria muito.