
O presidente da CBF, José Maria Marin, está prometendo um bônus, ajuda de custo, cala-boca, seja lá o que o amigo quiser chamar, de 15 mil reais por mês a todos os presidentes de federações estaduais, justamente o maior colégio eleitoral da própria entidade. Ou melhor: a turminha que vota nas eleições para presidente da CBF.
A CBF, assim como as federações estaduais de futebol, atua na esfera da iniciativa privada. Portanto, o dinheiro é deles lá e eles fazem o que quiserem com ele, desde que paguem seus impostos devidamente.
Mas, de onde vem essa dinheirama toda? Basicamente, do aluguel da Seleção Brasileira para empresários que, por sua vez, negociam os direitos do time nacional mundo afora. Recebem a grana toda e não são sequer capazes de distribuir um pouco para os clubes que pagam caro por seus jogadores e os cedem de graça à Seleção.
E, por quê? Ora, porque é uma honra e um dever cívico de qualquer jogador brasileiro defender a gloriosa camisa verde, amarela, azul e branca, as cores da bandeira da nossa pátria amada, Brasil, salve, salve.
E, também, claro, porque vestir a canarinho representa de cara a visibilidade necessária para que o atleta alcance novos patamares na carreira. Traduzindo: mais grana para o profissional.
Bem, se a coisa desce a tais detalhes, no plano dos negócios, como nós, os contribuintes deste amado país, podemos levar algum nesse multimilionário negócio?
Simples: o que essa gente vende, no papel, é a marca CBF. Mas, de fato, para todo o mercado, o que está implícito, de forma indelével, é a marca Brasil, o País do Futebol, das mulatas faceiras, das praias ensolaradas, do samba e da cachaça, que já virou produto nobre nas prateleiras das mais refinadas bodegas da Europa, Ásia, África e Oceania.
Então, pergunto: não seria o caso de o Brasil, representado por seu governo legalmente constituído, cobrar royalties, direitos de imagem, de arena, ou seja lá o que for, dessa cambada toda? Nem uma alma viva que compre ingresso para assistir a jogo da Seleção Brasileira, nenhum patrocinador de eventos relacionados ao time nacional, ou mesmo os organizadores dos eventos, sabem quem é essa dama de maus costumes chamada CBF. Todos eles estão comprando, de fato, o Brasil, ali representado pela sua Seleção, seus jogadores vestindo as cores de nossa bandeira.
Então, que a CBF pague ao governo brasileiro pelo uso desse inestimável bem. E que pague muito bem. Dinheiro que poderia ir para um fundo destinado a programas de desenvolvimento na área da educação e do esporte no país. Isto é: dinheiro para ser revertido em nosso benefício, os contribuintes.
Eis um tema que deveria constar da tal Lei de Responsabilidade que a Bancada da Bola no Congresso tenta de todo modo retalhar em mais uma norma inócua que não responsabiliza ninguém, quanto mais os responsáveis.
Por favor jornalistas e o nosso povo. Vamos tirar este corrupto, canalha Jose Maria Marins da CBF, este porcaria ja manchou denais nosso futebol.Fora seu porcaria. mario
Parabéns pelo breve mas muito consistente comentário. Se andássemos nessa linha de raciocínio teríamos em parte minimizando o tão distante e inexpressível vigor esportivo, dando mais ênfase e sintomaticamente alcançando voos mais atos. As Olimpíadas RIO 2016 estão batendo na porta e é claro que todos os grandes chefes – sejam públicos ou privados – estarão embarcando na onda das Argolas Universais com seus discursos incisivos e muito fraternais e a nossa velha e conservada Banda tentando se achar sobrevivendo dos Grilhões que outrora canta e inflama a nossa linda Bandeira. Pessoas como você deveriam povoar mais as nossas mentes e os nossos corações. E outras, deixa pra lá…Não merecem a nossa singela lembrança… Abraços…
brilhante, concordo em número, gênero e grau. Cara e a cada dia te admiro mais pelo seus comentários e suas colocações, que sabe um dia nosso povo reflita melhor.