A primeira de 23. É a Fórmula 1 2022.

Foto: Mazen Mahdi / AFP

O mais longo campeonato de Fórmula 1 da história começa no próximo domingo, às 12h (de Brasília), no Bahrein. O Mundial terá 23 provas, carros com nova configuração aerodinâmica, três sprint races com pontuação aumentada e novos diretores de corrida. Todos os elementos para uma grande expectativa e dúvidas sobre o que as equipes ainda escondem antes das luzes verdes se acenderem. A Band TV, com Sergio Maurício, e a BandNews FM, com Odinei Edson, mostram a corrida ao vivo.

O circuito do Bahrein, que recebeu a última sessão de testes de inverno, nesta semana, é o ideal para o início desse novo momento na F1. Não é um circuito particularmente complicado, está em ótimas condições e as equipes já dispõem das informações necessárias levantadas durante os três dias de testes. Ninguém vai ser pego de surpresa.

O primeiro desafio será entender se o objetivo principal da nova aerodinâmica – limpando o ar e reduzindo os efeitos nocivos da turbulência que dificultam ultrapassagens – funcionará. Isso poderá levar algum tempo até chegar no ponto ideal, mas as primeiras impressões já poderão permitir alguma conclusão ainda que não definitiva.

No momento, os carros estão cerca de três segundos mais lentos do que no passado por conta das mudanças. Nos testes de Barcelona, Lewis Hamilton fez sua melhor volta em 1min19s138 contra 1min16s741 da pole position do GP da Espanha no ano passado, que ele mesmo cravou. Nos testes do Bahrein, Max marcou 1min31s973. Em 2021, o holandês fez a pole da corrida em 1min28s997. Mas essa diferença, fatalmente, começará a cair.

As equipes voltam a competir depois de um final polêmico em 2021 quando se especulou a possibilidade da aposentadoria de Lewis Hamilton, inconformado com a perda do título para Max Verstappen. O diretor de corridas, Michael Masi acabou sendo substituído por dois especialistas em provas de velocidade na Europa, o português Eduardo Freitas e o alemão Niels Wittich. E o campeonato começará da melhor forma, com o campeão Max Verstappen, com o carro número 1, e o vice Lewis

Hamilton, com o número 44, prontos para uma longa e imprevisível batalha.

A Fórmula 1 cancelou o GP da Rússia por causa da invasão da Ucrânia, em setembro, e negocia sua substituição por Turquia ou Portugal que já se candidataram. A guerra ainda custou à equipe Haas a perda do patrocínio da Uralkali, empresa russa do ramo de fertilizantes. Sem o dinheiro russo, o piloto Nikita Mazepin perdeu seu lugar para o dinamarquês Kevin Magnussen, que já defendeu a escuderia no passado.

As sprint races continuam este ano. No ano passado foram Silverstone, Monza e Interlagos. Em 2022 serão Ímola, Áustria e Interlagos. No lugar de pontuar os três primeiros, serão os oito primeiros. Oito pontos para o vencedor, caindo sucessivamente até o oitavo colocado. Dessa forma, o GP de São Paulo de Fórmula 1, dias 11, 12 e 13 de novembro, penúltima etapa do campeonato, ganhará um protagonismo maior. A corrida valerá 33 pontos – 25 da vitória e mais oito com o primeiro lugar na sprint. Na prática, essa soma poderá definir em Interlagos o campeão mundial da temporada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *