Lewis Hamilton tem um adversário duro. Quem ganha é a F1.

Foto: Giuseppe Cacace/AFP

O GP do Bahrein mostrou uma nova cara da F1 em 2021. A Mercedes venceu, mas longe da superioridade das últimas temporadas. A Red Bull está mais sólida, determinada e não seria surpresa se Max Verstappen tivesse cruzado a linha de chegada na frente de Lewis Hamilton. E não é só entre as duas escuderias de ponta que a relação de forças mudou. No segundo grupo com McLaren, Ferrari e, provavelmente, a Aston Martin e Alpine o equilíbrio poderá dar o tom do campeonato. A Rede Bandeirantes deu sorte e poderá transmitir uma das melhores temporadas dos últimos anos.

As pequenas mudanças aerodinâmicas introduzidas este ano para reduzir ligeiramente o efeito solo, principalmente em relação ao assoalho, alteraram mais do que se esperava o rendimento dos carros. Se a Mercedes e Red Bull, agora, estão juntas na frente nada contraria a possibilidade de que o segundo grupo as enfrente, vez ou outra, por lugares no pódio.

Além da aerodinâmica, as equipes acertaram nas trocas de pilotos para este ano. Sergio Perez foi muito bem na estreia pela Red Bull. Largou em último e chegou em 5º, sendo eleito o ‘Driver of the Day’ pelos internautas de todo o mundo. Daniel Ricciardo voltou a mostrar disposição, agora pilotando a McLaren assim como Carlos Sainz Jr. na Ferrari. Fernando Alonso surpreendeu conduzindo bem a Alpine entre os dez primeiros colocados até ser traído pelo superaquecimento dos freios. E o estreante Yuki Tsunoda provou que a escolha da Honda não pode ser creditada à sua certidão de nascimento. O nipônico da AlphaTauri marcou seus primeiros pontos na corrida de estreia o que não é pouco.

E os que não mudaram de equipe – a dupla da Mercedes, Max Verstappen, Lando Norris, Charles Leclerc – não se acomodaram. Muito pelo contrário.

Ninguém esperava mais da frágil Haas. Entretanto, a Aston Martin, em respeito à grife, estava cercada de uma grande expectativa mesmo porque a equipe de origem, a Racing Point, vinha andando bem já há algum tempo. Mas o tetracampeão mundial Sebastian Vettel não marcou presença no Bahrein. Lance Stroll, pelo menos, marcou um ponto. A tese de que Vettel ainda não se adaptou ao carro pode ser um argumento válido até certo ponto. Há de se esperar para sua comprovação. Mas porque isso não ocorreu com Ricciardo, Alonso, Perez, por exemplo?

A corrida do Bahrein foi empolgante durante toda sua duração. A TV Bandeirantes fez um trabalho primoroso mostrando tudo, do começo ao fim, colocando no ar sua equipe de ponta para cuidar do evento. Não faltou nada. Quem gosta de Fórmula 1, certamente, deve ter ficado satisfeito. E temos mais 22 corridas pela frente. A próxima será o GP da Emília Romagna, em Ímola, em 18 de abril.

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