Fórmula 1 2021: armas engatilhadas

Foto: Miguel MEDINA / AFP

Com a confirmação do mal guardado segredo – Sebastian Vettel na Aston Martin – o Mundial do próximo ano já escalou quem estará na linha de frente do combate. Com o tetracampeão Vettel, a Racing Point deu um passo largo para se transformar em grande equipe. O projeto é ambicioso e, na cultura pop ocidental, não dá para separá-lo dos feitos empolgantes de James Bond a bordo de seu Aston Martin. A Fórmula 1 corre neste domingo em Mugello, no GP da Toscana, às 10h10, com transmissão pela TV Globo e BandNews FM, exclusiva para o rádio do Brasil, a partir das 9h30.

A contratação de Vettel é um excelente negócio para os dois lados. A equipe sobe de categoria na troca por Sergio Perez e Vettel, por sua vez, injustamente desdenhado pela Ferrari, terá oportunidade da desforra. E, ninguém ignora, fará isso com desvelo.

Dessa forma, a disputa no ano que vem começa a se circunscrever entre Mercedes, Red Bull e Racing Point, em um primeiro plano. A Mercedes com a dupla atual – Lewis Hamilton e Valtteri Bottas – a Red Bull com Max Verstappen e um companheiro que pode vir a ser Pierre Gasly no lugar de Alex Albon e a Racing Point com Sebastian Vettel e Lance Stroll que, diga-se de passagem, vem melhorando a cada prova.

A McLaren, que terá Lando Norris e Daniel Ricciardo, estaria nesse patamar não fosse o fato de que substituirá os motores Renault por Mercedes. Fica a dúvida se a troca não afetará o rendimento, pelo menos no início da temporada.

A Ferrari fica como incógnita. Não dá para subestimar a força da equipe que possui um dos maiores orçamentos da categoria e uma grande estrutura. E lembrando que contará ainda com uma ótima dupla de pilotos – Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr – ainda que com pouca experiência. Os carros terão um motor mais potente. A questão é saber se as correções possíveis no pacote aerodinâmico funcionarão.

Fernando Alonso é o grande trunfo da Renault que passará a se chamar Alpine F1 Team. O bicampeão mundial voltará à F1 depois de dois anos quando completará 40 anos. É um grande desafio competir com pilotos jovens com quase metade de sua idade. A técnica e a experiência

farão a diferença? Temos que esperar para ver. Seu companheiro será o francês Esteban Ocon.

A Williams, agora sob o comando de um fundo de investimentos, dará continuidade ao trabalho de recuperação do nome, bem desgastado por problemas técnicos e financeiros nos últimos anos. Fica, até prova em contrário, com os pilotos George Russell, que é muito bom, e o canadense Nicholas Latifi.

Haas, Alfa Romeo e Alpha Tauri – as duas primeiras com motor Ferrari e a terceira com Honda – estão com as vagas abertas. Kimi Raikkönen deverá deixar a F1 como recordista em largadas. Uma dessas seis vagas, certamente, será ocupada pelo mexicano Sergio Perez que já começou a negociar.

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