Ferrari prepara tática agressiva em Austin

(Foto: Kazuhiro Nogi/AFP)

A Ferrari perdeu a liderança do Mundial de F1 em quatro corridas e permitiu que a equipe adversária, a Mercedes, abrisse uma surpreendente diferença de 59 pontos na disputa do Mundial de Pilotos. A quatro corridas do final do campeonato, não resta outra opção à escuderia italiana senão a de atacar. E esta decisão já está tomada. Domingo, 17h (hora de Brasília), em Austin, na disputa do GP dos Estados Unidos, Sebastian Vettel e Kimi Raikkönen deverão ser mais ofensivos do que nunca.

Até o final do Mundial, 100 pontos estão em jogo. Do ponto de vista aritmético, as chances persistem. Duas quebras sucessivas do carro de Lewis Hamilton, duas vitórias de Vettel e pronto: a diferença cai para apenas nove pontos. Mas qual a chance real ou esportiva de acontecer? Esta é uma equação difícil e improvável. E as razões são simples.

A primeira delas é o desempenho da Mercedes cujo grau de confiabilidade é bem superior ao da Ferrari, hoje. A equipe alemã comete poucos erros, é precisa nas suas escolhas e conta com um piloto que cresceu muito ao longo da temporada. Outra razão chama-se Lewis Hamilton. Recordista absoluto de poles e recordista de vitórias entre os pilotos do grid atual, o tricampeão mundial tem ainda outro dado preocupante para a Ferrari. Em Austin, no Circuito das Américas, ele venceu quatro das cinco corridas disputadas. E soma ainda mais uma vitória, em 2007, quando a prova ainda era corrida no circuito misto de Indianápolis. Com cinco vitórias no GP dos EUA, portanto, ele está empatado com Michael Schumacher. Se vencer mais um tornar-se-á o maior vencedor.
Sebastian Vettel tem uma vitória isolada em Austin, em 2013 quando ainda defendia a Red Bull.

É de Hamilton também o recorde de pole – 1min34s999 – estabelecido no ano passado. Mas pertence a Vettel o recorde da prova: 1min39s347, de 2012, com Red Bull.
Portanto a chance de que essa diferença de 59 pontos aumente tem que ser considerada. Para assegurar o título por antecipação – e Hamilton não quer correr riscos – ele teria de aumentar a diferença para 75 pontos depois dos EUA. Ou ficar em 50 pontos do GP do México.

A Ferrari poderá adotar a mesma decisão da Red Bull, correndo para vencer sem se preocupar diretamente com a pontuação nesta reta final do campeonato. Mas é certo que será mais desafiadora e provocante nas corridas finais.

Uma das novidades do GP dos EUA será a estreia do neozelandês Brendon Hartley, atualmente defendendo a Porsche em provas de protótipos, pela Toro Rosso. Ele substituirá o francês Pierre Gasly, liberado pela equipe para disputar a última corrida do campeonato japonês de Super Fórmula. Hartley, há oito anos, chegou a fazer testes pela Toro Rosso e Red Bull. Ele formará dupla com o russo Daniil Kvyat. Nas provas seguintes, a princípio, incluindo o GP Brasil de F1, a Toro Rosso terá Kvyat e Gasly. O GP dos EUA – 17h – será transmitido pela SporTV. O treino de classificação, no sábado, começa às 19h.

O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 acontece nos dias 10, 11 e 12 de novembro no autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Os ingressos para a corrida, informações e imagens em 360 graus dos setores estão disponíveis no único site oficial do evento: www.gpbrasil.com.br. O GP Brasil também está no Instagram e Facebook: gpbrasilf1.

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