É oficial!
Ronda Rousey está de volta ao UFC. E em grande estilo.
Como foi publicado ontem aqui no blog, a lutadora confirmou junto ao UFC seu retorno no dia 30 de dezembro.
Até aí está tudo certo. Porém os problemas começam quando sua adversária foi confirmada: Amanda Nunes, atual campeã do Ultimate, em sua primeira defesa de cinturão.
O anúncio gerou um verdadeiro mix de emoções nos fãs.
Alegrias e comemorações pelo retorno da implacável musa ao evento.
A repercussão como sempre foi gigantesca. Mas a situação se tornou um problema que o UFC vai precisar contornar.
Ronda apesar de sua grande popularidade e história no MMA com uma série de vitórias consecutivas, vem de uma derrota incontestável e de forma impiedosa ao sofrer seu primeiro revés no esporte: Nocaute brutal de Holly Holm sobre a estrela americana no UFC 193, a quase um ano atrás.
Rousey ficou afastada. Deu um tempo. Como prometeu que faria.
Porém o resultado jamais foi esquecido pelos fãs e principalmente por atuais concorrentes ao posto de desafiante ao título.
Julianna Pena, que possui um sequência de quatro vitórias seguidas no UFC e estava cotada a desafiar Amanda, viu sua chances desaparecerem.
Revoltada, a campeã do TUF americano deu uma declaração explosiva.
“É uma mer… Essa pirralha mimada tinha tudo que queria nas mãos e agora tem novamente. É uma mer..! Eu não sei o que fazer, nunca ninguém na história ganhou uma disputa de cinturão após ser atropelada e sofrer um nocaute brutal, sair do esporte e retornar.
Essa garota é mentalmente fraca e a Amanda Nunes vai nocauteá-la brutalmente e expor a bunda dela. Ela é a pior lutadora do plantel, e eu não consigo lidar com o fato que eu não ganhei a disputa de cinturão. Ela está tentando correr de mim. Se ela ganhar provavelemente ela vai se aposentar.
Ela vai fazer de tudo pra fugir de mim a carreira inteira. Mas eu não a culpa, ela sabe que eu a espancaria. Talvez eu vá lutar no Combate Americas ou algum outro evento que me pague bem e me dê um cinturão assim como o UFC fez com Ronda.” detonou a atleta americana.
Mais experiente, a peruana Valentina Shevchenko que superou Holly Holm, algoz de Ronda em sua última luta foi política, já indiretamente admitindo perder a oportunidade para a ex campeã, desafiou Julianna nas redes sociais.
If @VenezuelanVixen doesn't want to fight. Find another rival who is fighter. After I fight for title. #ufc205 @danawhite @seanshelby @ufc
— Valentina Shevchenko (@BulletValentina) October 13, 2016
“Se Julianna Pena não quer lutar. Encontre outra rival que é uma lutadora (de verdade). Após (isto) eu luto pelo título.” disparou a lutadora já demonstrando que aceitou a decisão do UFC.
Quem também se mostrou revoltada com a situação, foi a brasileira Cris Cyborg.
“É ridículo Ronda obter sua primeira luta pelo cinturão depois de ser surrada pela Holly e, após sua maravilhosa luta, ter tirado um ano de férias do octógono. Só vai apoiar a história que ela foi criada pela mídia.
Mais do que qualquer lutador que já existiu, Ronda é beneficiada pela marca da empresa.
Ela se beneficiou das melhores entrevistas, os melhores patrocinadores e as melhores promoções de luta e holofotes, mas mesmo com tudo isso, todo orçamento de marketing por trás dela, todo mundo já viu que ela não é a melhor.” analisou a brasileira que sempre deixou publicamente claro que quer enfrentar a musa americana.
A situação deve ser analisada de duas maneiras.
Temos que entender que o UFC não é um evento governamental, mas privado. E que precisa manter sua situação financeira sólida para se manter ativo com grande frequência.
Talvez esta razão, faz a organização ser obrigada a optar por combates que atraiam todos os fãs, não somente aqueles que são mais fanáticos pelo esporte.
Quem souber se aproveitar destas oportunidades, como Ronda e Conor McGregor, acabam de forma injusta passando a frente de outros atletas como Julianna, Cyborg e Valentina.
A segunda maneira é pensar pelo mérito esportivo.
Está mais do que claro que Ronda não merecia lutar pelo título. Pelo menos agora. Um revanche com Holly Holm para se redimir do revés sofrido ou uma luta com Cris Cyborg fariam mais sentido do que um combate pelo cinturão sendo que existe concorrentes disponíveis ao mesmo.
Mas como o business atualmente tem grande importância, não podemos culpar Dana White e o UFC pela escolha.
É injusto sim. Mas compreensível. Um abraço a todos!