
Um dia inesquecível e surpreendente aos fãs de MMA.
O UFC 196 trouxe muitas emoções dentro do octógono neste último sábado.
O que parecia ser uma noite de consagração para a americana Holly Holm e o irlandês Conor McGregor se tornou um pesadelo aos lutadores.
Desacreditados por grande parte do público, Miesha Tate e Nate Diaz mostraram mais uma vez como nosso esporte é emocionante e imprevisível.
Vamos começar por Miesha, que para mim já poderia virar um verdadeiro livro com sua história.
Enfrentando o favoritismo de Holly Holm com seu nocaute avassalador contra Ronda Rousey, a musa americana apostou aonde sabia que teria alguma chance: Sua luta de solo.
Alinhando seu wrestling com o Jiu Jitsu, a americana fez o que parecia muito difícil, finalizar Holm no quinto round em uma luta aonde Tate estava perdendo e precisava acabar com o combate de alguma maneira.
Miesha tem uma história de muitas derrotas e frustrações, já que a lutadora perdeu duas vezes para Ronda Rousey, em duas disputas de cinturão diferentes, uma no Strikeforce e outra no UFC.
Contra Holm, a habilidade em no solo seria decisiva a favor da desafiante e com disciplina e muita superação, Miesha conseguiu mostrar que vem evoluindo em suas lutas e finalizar Holly com um mata leão.

Mas o que parecia conto para um livro, se tornou mais histórico ainda com o duelo entre o irlandês Conor McGregor e o americano Nate Diaz.
Especialisata em Jiu Jitsu e Boxe, o americano que aprendeu a arte com seu treinador Cézar Gracie, um dos brasileiros que migrou para os Estados Unidos para ensinar Jiu Jitsu, Nate fez McGregor provar mais uma vez a derrota para a arte marcial japonesa que foi aprimorada pela famosa família Gracie no Brasil.
Um direto de esquerda que balançou McGregor foi o início da consagração de Diaz no UFC 196.
Também com muita paciência, Nate aos poucos fez McGregor entrar em sua armadilha e com um mata leão, acabou ou pelo menos diminuiu a impressionante notoriedade que o irlandês conquistou com o nocaute de 13 segundos sobre José Aldo, em dezembro.
Para Conor, uma lição que o irlandês aparentemente já demonstrou ter aprendido dentro do octógono nesta noite: Saber reconhecer o mérito do oponente, tática que nunca foi usada por McGregor nas promoções de suas lutas.
Menosprezando e diminuindo seus oponentes, Conor deixou sua ganância junto com sua arrogância ultrapassar os limites da competição.
McGregor já havia perdido antes mas esta derrota apenas foi um balde de água fria aos planos audaciosos do irlandês, que apesar da derrota, não perdeu muito.
Temos que reconhecer que Conor estava fazendo algo que poucos lutadores fizeram antes.
O peso pena subiu duas categorias para poder realizar este duelo com Diaz, que não iria conseguir atingir o limite dos 70 kg, já que a programação inicial era que McGregor iria disputar o cinturão peso leve da organização e não fazer uma luta de 77 kg.
O irlandês aceitou as exigências do americano e mesmo enfrentando grande desvantagem na envergadura, mostrou muita coragem em enfrentar o americano e não facilitou o trabalho de Diaz.
Se o lutador vai aprender a lição, saberemos no futuro mas ambos os resultados de hoje, sacodem as categorias do Ultimate trazendo uma gama de possibilidades para a organização.
Ronda Rousey, Rafael dos Anjos, José Aldo, Frankie Edgar que pareciam estar em baixa devido aos sucessos de McGregor e Holm, retornam a disputa fortalecidos, apesar que um duelo entre Dos Anjos e Conor, talvez não faça mais sentido no momento.
O MMA com suas emoções e seu lado imprevisível, novamente nos ensina que no alto nível de competição atual, uma vantagem dada para o (a) adversário (a), pode ser decisiva.
Finalizo este post não com minhas palavras mas com frases que valem a pena lembrar no dia de hoje.
Acho que o Nate Diaz tem jiu-jítsu pra finalizar o McGregor. I think Nate Diaz has BJJ skills to submit McGregor. #UFC196
— Demian Maia (@demianmaia) March 6, 2016
Jiu-jítsu save lives
— Rafael dos Anjos (@RdosAnjosMMA) March 6, 2016
“Jiu Jitsu salva vidas…”
"I'm not surprised…" – @NateDiaz209 https://t.co/yyLC2YATGT
— UFC (@ufc) March 6, 2016
“Eu não estou surpreso…”
Muito bom artigo!!!