Especial UFC 157 – Uma análise feminina: E se a Ronda perder?

Musa do MMA, Ronda Rousey tem amplo favoritismo em combate - Divulgação UFC/FOX

Em uma matéria especial em parceria com o site MMAtube, o Planeta Octógono simula um novo cenário no MMA.

O amplo favoritismo da musa do MMA, a americana Ronda Rousey, nos faz pensar o que pode acontecer caso a lutadora não corresponda as expectativas no combate deste sábado.

Para isso, nesta grande parceira, o Planeta convidou 9 grandes ícones do jornalismo esportivo no Brasil.

Um verdadeiro exército feminino com as mais conceituadas mulheres no meio para analisar e responder uma pergunta. E se a Ronda perder?

As jornalistas Ana Hissa, Anna Carolina Ribeiro, Aline Bak, Cláudia Lima, Lilian Caparroz, Luana Antunes, Jéssica Portásio, Paula Sack e Renata Aymoré, contam suas opiniões e análises neste post especial, para o Planeta Octógono.

Veja na íntegra as respostas da mulheres mais conceituadas do meio esportivo do MMA:

Paula Sack – UFC Brasil

Esse UFC é histórico, independente do resultado! Um grande passo pro esporte! Temos grandes atletas no MMA e isso tudo é apenas o começo.

UFC abre a categoria feminina no UFC 157 e com a luta principal! Valendo cinturão dos galos e com Machida x Hendo no co-main event.

A Ronda chega no UFC como uma grande estrela e com o currículo perfeito no MMA! Uma grande atleta e muito carismática.

Independente do resultado, o UFC 157 marca uma nova fase para o UFC e para as atletas profissionais.

E Ronda chega como favorita! Estou na torcida para uma grande apresentação das 2 atletas e que seja lembrado por uma grande luta!

Aline Bak –  “O olhar do fã no MMA” e MMACorner

Se a Ronda perder, o UFC terá como desfecho da edição UFC 157, o inesperado final de uma ação conjunta entre marketing, inovação e investimento.

Acredito que a Liz Carmouche é uma lutadora qualificada a esse cinturão, tem como base sua vivência no exército americano, é boa trocadora.

Pode surpreender por não lutar com a pressão de ser a favorita. E se isso ocorrer, um pouco do brilho de sua tão aguardada estréia se perderá também.

Anna Carolina Ribeiro – Jornalista Esportiva

Não concordo totalmente que Ronda já tenha um cinturão do evento sem lutar. Ela realmente foi a grande responsável pela massificação da luta feminina pelo mundo.

É uma excelente atleta, focada, embasada nas regras do evento. Porém, acho que ela deveria ter passado por uma peneira, como acontece com os homens e as novas categorias do evento.

Até o ano passado, Dana White era extremo radical contra lutas femininas. Ele até se negava a responder e dizia abertamente ser contra a categoria no UFC.

Portanto, como um bom empresário, viu o talento feminino em outros eventos e até a aceitação do público e isso caiu nas graças dele também.

Se a Ronda perder este cinturão, não acho que afete a categoria feminina, afinal temos muitas mulheres competentes para lutar e com excelentes níveis estratégicos, técnicos.

Sem falar no carisma, as lutas são fascinantes.

Não acredito em sua derrota. Mas se isso acontecer, o cinturão irá para a adversária que terá que lutar com outra e assim o número de atletas vai crescer, esperamos.

Ana Hissa – SporTV e No Mundo da Luta

Perder e ganhar faz parte do esporte. Apesar de todo o favoritismo, não vimos ainda Ronda ser testada em pé, apesar de ter mostrado que investiu em um camp pesado que incluiu aí a maior boxeadora da história.

Liz tem um jogo de trocação afiada e também deve vir preparada para evitar o jogo da atleta olímpica.

O resultado pode ser para uma ou para outra, mas a grande conquista, a Ronda já teve: ela praticamente salvou a modalidade, já que com o fim do Strikeforce, apesar da existência de outros eventos para mulheres.

Os holofotes não seriam o mesmo para a categoria se não fosse o UFC.

Aliando beleza e técnica, Ronda já fez um papel fundamental e histórico para o MMA, que foi elevar o esporte feminino ao patamar mais alto. E isso não tem derrota que apague.

Claudia Lima – Revista VIP

Durante anos, Dana White disse que não tinha a menor possibilidade de o UFC abrigar uma divisão feminina porque, segundo ele, não havia material humano de qualidade.

Quem mudou a cabeça do chefão foi justamente Ronda Rousey que, segundo ele, é o “pacote completo”: linda, provocadora e boa atleta, a rainha das chaves-de-braço.

Quer dizer: agora o UFC tem toda uma divisão de peso que se sustenta em uma pessoa (o que, aliás, deve ser uma baita pressão para Ronda, mas isso é outra história).

Tem gente dizendo por aí que, se Ronda perder, as mulheres serão chutadas para fora do UFC no dia seguinte. Eu não acho.

Se Ronda perder vai ser um baita baque para Dana White e para o UFC, mas acho que a organização está num nível de profissionalismo que vai além da possível vitória de apenas uma pessoa.

Quer dizer: se Ronda perder, Liz Carmouche será a nova campeã mundial (uma campeã com muito menos carisma e apelo de marketing e de pay-per-view, claro), mas Dana vai arrumar uma outra luta para Ronda, para que ela tenha a possibilidade de voltar a disputar o cinturão.

Vai ser um choque, mas o UFC e a divisão sobrevivem — pelo menos a curto prazo.

Para que a divisão não suma do UFC e o MMA feminino perca essa grande vitrine a longo prazo, no entanto, a franquia terá que abastecer cada vez mais a categoria com talentos garimpados em eventos como o Invicta

Jéssica Portasio – MSN

Ninguém deve ficar muito surpreso caso Ronda Rousey seja derrotada no próximo sábado.

Qualquer lutador pode perder, ninguém é imbatível, e vários fatores, como a pressão da estreia e da defesa de cinturão, podem abalar o psicológico da atleta e contribuir para um desempenho fraco.

É claro que o UFC 157 é o show da Ronda. O UFC investiu em propaganda e criou toda uma divisão só por causa dela, mas uma companhia daquele porte não faria um movimento tão arriscado se não tivesse certeza de que teria sucesso.

É por isso que já marcou mais dois combates femininos, ou seja, contrataram seis lutadoras – o suficiente para começar uma nova categoria dentro da franquia.

Caso Ronda seja derrotada, o UFC simplesmente tem que continuar seguindo em frente, pois ela não é a única atleta de alto nível dentro do WMMA.

Perdendo ou ganhando, Ronda Rousey já marcou seu nome na história do esporte, e o UFC 157 é apenas um do primeiros grandes passos do MMA feminino.

Lilian Caparroz – MMA Brasil

Acredito que Ronda está com uma grande pressão nos ombros para vencer Carmouche e é a grande favorita.
Caso ela perca este combate, o MMA feminino dá um passo para trás dentro do UFC e as próximas meninas terão que mostrar trabalho para se estabelecer na organização.

Afinal, foi a judoca que fez Dana White mudar de opinião e querer testar o MMA feminino no Ultimate.

Apesar disso, uma derrota para o cartel de Rousey simplesmente intensifica a certeza de que nas artes marciais mistas tudo pode acontecer, basta estar dentro do cage.

Luana Antunes – Sul Tatame

A derrota de Ronda seria mais cômico, do que trágico, pois toda mídia do UFC 157 está girando ao redor de uma das maiores lutadoras de todos os tempos.

Sendo que para o MMA feminino não sofreria consequências, pois o mundo que o envolve nos dias de hoje, está muito expandido e assim podemos citar outras lutadoras com habilidades e profissionalismo!

Isso que chamo do progresso das mulheres no mundo das lutas, e que eventualmente as últimas três décadas foram marcantes para a história das mulheres que alcançaram progressos, que modificaram o seu cotidiano nas esferas.

As demandas feministas entraram na agenda das Lutas, graças à intensa e ininterrupta ação dos movimentos de mulheres.

Renata Aymoré – Combate

Na minha opinião, se Ronda perder, é vida que segue. Claro que é importante pra organização mantê-la como ícone do MMA feminino por motivos óbvios.

É boa lutadora, fala o que pensa (mesmo que seja besteira), tem personalidade forte e, não podemos deixar de lado, é bonitinha.

Mas antes de qualquer coisa, estamos lidando com o início de relacionamento entre UFC e MMA feminino. O que quer que aconteça dentro do octógono tem sempre mais importância do que o clima que rodeia tudo isso.

Que a qualidade das duas lutadoras fale mais alto do que qualquer coisa e que ambas se mostrem dignas dessa luta histórica.

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