Em Tóquio 2020, Brasil estreia diante da China; Veja análise dos rivais

Como na Rio 2016, Seleção Feminina enfrentará a China na estreia de Tóquio 2020 (Foto: Ricardo Stuckert/CBF)

China, Holanda e Zâmbia. Estes serão os três rivais da Seleção Brasileira Feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O sorteio para a competição, adiada para julho deste ano, devido a pandemia do novo Coronavírus, aconteceu na manhã desta quarta-feira. As comandadas por Pia Sundhage estreiam no dia 21 de julho, em Miyagi, diante de velhas conhecidas.

Isso porque nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o Brasil também estreou diante da equipe Chinesa. Na ocasião, o grupo brasileiro venceu por 3 a 0, com gols de Mônica, Andressa Alves e Cristiane. “A China é uma seleção técnica, também um time duro, coeso e agressivo, elas se estão se preparando muito para essa competição”, analisou Pia.

No grupo F, as brasileiras já sabiam que enfrentariam a Holanda. Isso porque, há uma regra que impede que dois times do mesmo continente disputem a primeira fase. As equipes se encaram no dia 24 de julho, também em Miyagi.

“A Holanda jogou a final da Copa do Mundo, e sabemos que é um time muito bom, conhecemos todas as jogadoras porque já as vimos muitas vezes. Nesse tipo de partida, as jogadoras das pontas serão muito importantes tanto na defesa quanto no ataque”, destacou a técnica.

Para fechar a fase de grupos, a Canarinho encara a Zâmbia, em Saitama, no dia 27 de julho. “Não sabemos muito sobre o estilo [de jogo] ainda e, por esse motivo, é até melhor que não a enfrentaremos na primeira partida, e sim, na última. Assim, teremos a chance de saber um pouco mais sobre essa seleção africana, mas a minha experiência é que elas são sempre muito fortes, rápidas”, finalizou a comandante.

Tanto as holandesas quanto as zambianas serão adversárias inéditas para o Brasil no futebol feminino em Olimpíadas.

FOCO NO OURO

Assim como Estados Unidos e Suécia, o Brasil faz parte da curta lista de países que estiveram em todas as edições do torneio. Ao todo, são oito participações. A expectativa, como sempre, é a tão sonhada medalha de ouro. Os melhores resultados do Brasil no futebol feminino vieram em Atenas 2004 e em Pequim 2008: em ambos, medalhas de prata.

Além dos números ostentados por duas estrelas nacionais, Cristiane (maior artilheira entre homens e mulheres do futebol nos Jogos Olímpicos) e Formiga (que pode chegar a sua sétima disputa de Olimpíadas), o Brasil também conta com os números de Pia nos Jogos.

Pia participou de todas edições dos Jogos (Foto: Mariana Sá/CBF)

A técnica tem um extenso currículo quando o assunto é Olimpíadas. Ela, assim como a Seleção Brasileira, esteve presente em todas edições da disputa – seja como jogadora, técnica ou parte da comissão.

Em 2008 e 2012, no comando, foi bicampeã olímpica com os Estados Unidos. Em 2016, no Rio de Janeiro, levou a Suécia à medalha de prata – com direito a eliminação do Brasil no Maracanã, na semifinal.

“Essa será provavelmente a Olimpíada de maior qualidade técnica e tática. Pessoalmente estou muito feliz que nós estamos classificadas, mas também o Chile, porque precisamos aumentar o nível do futebol sul-americano e competir diante dos EUA e outras seleções europeias e asiáticas. A qualidade está aumentando todos os dias, e não tenho dúvidas que essa será a melhor Olimpíada nesse sentido”, conclui Pia.

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