Respostas que os leitores apresentaram à pergunta feita sobre o aprendizado na Escola…..

Foi muito interessante acompanhar as manifestações dos leitores para a questão que apresentamos. Algumas das palavras mais utilizadas foram:

Experiências motoras; Práticas corporais; Cultura Corporal de movimento; Nada; Esportes; Descobrir movimentos; Jogos; Cultura; Ginástica e outros menos citados. Para ampliar as discussões e possibilitar interpretações, resolvemos compartilhar um posicionamento do professor João Batista Freire da Silva, em 1995, sobre a questão do aprender:

” […] brincar na quadra, por exemplo, pode ter tudo a ver com a criança fora da escola. Mas se fosse apenas para repetir o que ela já faz lá fora, para que a Escola? Na Escola vai-se aprender o que fora dela não se aprende.”

Agora é possível ampliar nossos olhares sobre o que ocorreu e ainda ocorre em algumas escolas brasileiras, n]ao é?

 

Daniel Carreira Filho

Um comentário

  1. Daniel, serão precisos olhos de águia, de lince, de coruja e, especialmente, “olhos de ver e de enxergar”, como pregava o padre António Vieira. Em Educação Física e Esportes, como é chamada a disciplina, ainda hoje os professores universitários abstêm-se de sua vertente hereditária neofílica, deixando pairar a poeira de ensinamentos do século passado, década de 1030. Importamos práticas da Suécia e França principalmente. Isto foi sendo repassado sem qualquer cerimônia aos pouquíssimos alunos brasileiros das primeiras turmas de Ed. Física. Para suprir exigências da aplicação nas escolas, supriram-se dos sargentos formados como monitores da EsEFEx, na Urca, Rio. Mais um pouco, ainda era insuficiente, procederam-se a formar também monitores para o Curso Primário em três meses, creio que em aulas em fim de semana.. Até quando terminei a ENEFE, atual UFRJ, poucos se formavam, e assim mesmo, menos ainda se dedicavam à docência. Por incrível que possa parecer, no Rio de Janeiro, os poucos candidatos faziam o curso gratuitamente, para “fazer ginástica”, e ter “carteira de estudante”, com suas vantagens de pagar meia-entrada em cinemas. Estou falando do final dos anos 1960. Por tudo isso, creio que não se pode falar em Educação Física e Esportes como ciência. E quem achar que mudamos, basta frequentar UM só encontro, convenção, seminário, congresso, para constatar a pobreza de espírito e a hipocrisia nos salões. Tremendo “faz-de-contas”!,
    Sobre a sentença acima do emérito professor João, lembro a ele como se aprendia a jogar futebol. Comparem como são formados (sic) meninos nas escolinhas (pagas), e como os pobres, fora da escola, nos campos de várzeas, aprendiam a jogar futebol. Um dos melhores jogadores do mundo atual – o belga De Bruyne -, teve sua formação no futebol desde criança, em Metodologia focada no construtivismo piagetiano, que promulgo em meus projetos desde 1974, bem como os garotos catalães, ou não (Messi) no Barcelona. Em suma, e lembrando Picasso, “a escola tira toda a criatividade da criança”. Dois males das Faculdades formadoras de professores: os aspectos da Psicologia cognitiva, e limitam-se a dizer “o quê fazer”; mas eles mesmos não sabem “como fazer”. Então, tudo se repete, até que aposentadoria interrompa o seu ciclo. Mas existe um consolo para nós tupiniquins, o mundo inteiro procede da mesma maneira. É incrível! Percebo pelas redes sociais. Poderá ver meu Perfil diferenciado no Linkedin, na página portuguesa do facebook sovolei, e no blog Procrie, set./2009), com 600 posts e +500.000 visualizações. E pequena contribuição à memória do Esporte do país, o livro História do Voleibol no Brasil, 1939 a. 2000; adjetivado como inédito, enciclopédico, memorialista e ‘obra de referência’ em Sociologia do Esporte. Está impresso em dois volumes, que abrigam 1.047 páginas.

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