Por longos anos a sociedade “tagarelou” sobre a importância do esporte, do movimento e das práticas de atividades físicas e esportivas pelas crianças e adolescentes. Esta suposta valorização não é observada na maior parte das escolas, em especial as públicas, em que as condições para o desenvolvimento de atividades condizentes não são minimamente oferecidas.

Os docentes que atuam na educação básica nacional estão sujeitos a incompreensões de toda ordem. Algumas pessoas atrelam a corporeidade dos alunos aos poucos alunos que participam das competições escolares. Como se a escola, quando se fala de esporte, devesse atender ao esporte performance e não a todos os alunos e alunas.

Alguns pais, conheci vários, conquistam atestados de saúde com seus amigos médicos para dispensarem seus filhos e filhas das práticas escolares da Educação Física.

Algumas escolas, deliberadamente, suprimem as aulas desse componente curricular que, no olhar de seus gestores, atrapalha o desenvolvimento dos alunos para o vestibular.

A corporeidade não adentra à escola e quando o faz, é reprodutora das desigualdades.