O drama de Cássio no Corinthians toma proporções gigantescas. A diretoria já ofereceu uma proposta de ajuste de salário e renovação por mais um ano. O estafe do jogador recusou. Ao mesmo tempo, o Cruzeiro entrou na parada e concordou com o que o representante do jogador (Carlos Leite) propôs. E mais: o compromisso do goleiro termina em junho e aí ele estará livre para assinar um pré contrato, saindo do clube com passe livre. Ou seja, dirigentes corintianos não veriam um tostão furado  na transação, o que seria uma lástima. A Raposa oferece um compromisso de três anos com salário milionário, fora outras regalias.

Não perder Cássio deveria ser a palavra de ordem no Timão. Mesmo no banco de reservas, ele é fundamental. Profundo conhecedor de futebol, continua sendo o maior ídolo da equipe. Perdeu a posição, mas não a liderança. Se o Gigante sair, não existe no elenco alguém com perfil parecido com o dele. Carlos Miguel, por exemplo, tem uma personalidade forte. Porém, ainda é jovem demais, não tem a tarimba do companheiro veterano. Dificilmente segura uma onda de crise.

O goleiro, por outro lado, tem todo o direito de escolher o futuro que lhe agrade mais. Está na cara que Cássio não quer deixar o clube. No fundo da alma, gostaria de encerrar a carreira por lá mesmo de tão ídolo que é. Enterrou o coração em uma curva do Parque São Jorge como tantos que já o precederam. Até parece um plano malígno. Foram dispensados Giuliano, Gil, Renato Augusto e Fágner está na alça de mira. Diziam ser essa a “panelinha” que prejudicava o trabalho de qualquer técnico. Mentira. Todos eram aplicados, corriam o tempo todo, jogavam com a faca nos dentes. É só lembrar o histórico jogo contra o Flamengo, pela decisão da Copa do Brasil na época do técnico Vitor Pereira. Todos esses “indesejáveis” foram leões em campo, perdendo o título por um capricho da bola.

Sair nessas circunstancias não, pela porta dos fundos,. Seria uma das maiores injustiças do Corinthians em todos os tempos.

E tenho dito!