É assim que a Fiel gosta…

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Uma vitória para a Fiel. Mais de 40 mil pessoas vibraram com o gol de Roger Guedes, no último minuto da prorrogação, nesta quarta-feira à noite, na Neo Química Arena. O Timão “amassou” a Chapecoense durante toda partida. O goleiro Keiller fez, no mínimo, três grandes defesas em cabeceadas de Gil, João Vitor e uma virada espetacular de Jô. Bola não entrava de jeito algum.

A torcida, porém, não desistiu. Empurrou os jogadores como se estivesse em campo. Jogou junto. Uma simbiose total. Na base da raça, da garra, o verdadeiro espírito corintiano “baixou” no time e o “impossível” aconteceu. Agora, Timão soma 44 pontos e a tendência é chegar ao G4 com o pé e a Fiel nas costas. Foi o quinto gol de Guedes com o Manto Alvinegro.

MAL COMEÇO 

Um time medroso, cauteloso demais, sem nenhum sentido de penetração.  Esse foi o time do técnico Sylvinho no primeiro tempo. A Chape não passou do meio campo. Em compensação, o Timão criou pouco e atacou menos ainda. Muito toque de bola lateral e lentidão na troca de passes. Na verdade,  escalação da equipe estranha demais.

Gabriel e Du Queiroz, dois volantes de marcação, contra um adversário que veio para se defender e não levar uma goleada. Tudo errado. Faltava uma referência no ataque, alguém para aproveitar cruzamentos ou fizesse o pivô para quem viesse de trás. A ofensividade alvinegra ficava em lances individuais isolados, de Gabriel Pereira ou Roger Guedes.

O lance mais perigoso foi da Chape. No contra-ataque, Mike chutou, Matheus Donelli espalmou, a bola tocou no poste direito. Quase gol da Chape, um oponente fraco demais. A única oportunidade corintiana esteve nos pés de Du Queiroz. Ele deu uma “meia lua” no zagueiro e bateu em cima do goleiro Keiller. Uma decepção, sem dúvida. Equipe andando de lado, igual a um sirí.

QUEBRAR A RETRANCA

Só tinha uma saída para o Corinthians na etapa final: quebrar a forte retranca da Chapecoense. A vitória não poderia escapar. Sylvinho teria de “atirar” a equipe para cima, propor um jogo mais vertical, ofensivo. Teria “coragem” para tanto? Bem, técnico sacou Gabriel e colocou Gustavo Mosquito no intervalo. Um bom sinal.

De novo, a Chape ameaçou. Anderson Leite deu de “chaleira” e Donelli estava atento. As dificuldades,  porém, continuaram para o Corinthians. Estava “impossível” ultrapassar a “muralha” adversária. Até um drone atrapalhou. Árbitro parou e o objeto desapareceu. Mosquito cobrou escanteio pela direita, Gil cabeceou e Keiller pegou. Na sequência,  Joao Vitor testou e o goleiro pegou outra vez.

Keiller já era o melhor em campo e começou a fazer cera. Levou amarelo. Mosquito era a válvula de escape alvinegra. Sylvinho inverteu GP com Mosquito, sem precisar. Voltou atrás. Estava indeciso e inseguro. Gil lançou GP pela direita. Atacante bateu fácil para defesa do goleiro.

JÔ E GOL SALVADOR DE GUEDES 

Jô, finalmente, entrou no lugar de Du Queiroz. Chegou a tal referência ofensiva que faltava desde o início. Adson veio no lugar de GP, apagado na jornada. Roger Guedes deu para Jô. Girou rápido e o goleiro espalmou. Salvou gol certo.

E no último minuto da prorrogação (juiz deu 8 minutos), Adson cobrou escanteio. Gil desviou de cabeça. Roger Guedes aproveitou o passe e bateu enviesado, de direita, 1 a 0. VAR checou a posição e validou. Uma vitória à la Corinthians. Na base da raça, da garra e do espírito de luta.

E tenho dito!