O São Paulo encantou contra o Santos ao golear impiedosamente por 4 a 0, sábado à noite, no Morumbi. É a segunda goleada seguida tricolor (rodada passada ganhou de quatro da Inter de Limeira). Méritos, sem dúvida, do técnico Hernan Crespo, que chegou meio desacreditado e vai tomando conta do pedaço a passos largos.
Um temporal desabou no estádio Cícero Pompeu de Toledo antes da partida. O gramado ficou bastante prejudicado e afetou o futebol do primeiro tempo do clássico. Poças de água impediam jogadas de toque, com os atletas se esforçando e brigando pela bola, porém sem grandes resultados.
E a “guerra” tática entre os dois técnicos argentinos, Crespo (Tricolor) e Holan (Peixe)? Negativo. As circunstâncias impediram o embate, que prometia bastante. A única tentativa mais ousada coube a Soteldo. O baixinho armou um tremendo agito dentro da grande área e finalizou, com defesa de Volpi com tranquilidade.
São Paulo sem moleza na etapa final. Arboleda levou um pisão no pé e saiu para entrada de Rojas. Na primeira jogada, cavou um escanteio. Daniel Alves cobrou na medida para Gabriel Sara cabecear e abrir o placar, 1 a 0. O time santista se abalou e deixou-se dominar pelo adversário.
Léo Pelé perdeu chance de ouro para ampliar. O goleiro John salvou no reflexo. Santos tinha dificuldades de articular-se. Ai, então, Luciano dominou e bateu forte. Luan Peres tentou cortar e desviou para o fundo do gol, 2 a 0. Mal deu tempo de respirar e Pablo recebeu lançamento primoroso de Igor Vinícius. John estava no meio do caminho. Centroavante tocou por cima e fez 3 a 0.
O gramado secou e o Tricolor deitou e rolou. Equipe alvinegra praiana mostrou-me limitada, dependendo demais de Soteldo. Bem marcado, nada conseguia fazer. Virou a Casa do Noca. Pablo ajeitou para Tchê Tchê que, de primeira, mandou no ângulo de “chapa”, 4 a 0.
Assim desse jeito, Crespo ganhou o duelo com Holan, dando que aos poucos impõe um ritmo competitivo e sem mi-mi-mi.
E tenho dito!