Literatura de cordel e o futuro da bola

A leitura de cordel serve muito bem para ilustrar o momento atual. Uma senhora conseguiu atraír o demônio com uma garrafa de mel. Enquanto o “bicho ruim” se refastelava no doce, a idosa, muito inteligente e rápida, colocou a rolha na garrafa e lançou uma maldição: só vai sair quando eu morrer.

E pior. enterrou o vasilhame na encruzilhada. Reza o folclore que todo viajante que passava por ali, ouvia “a velha já morreu?”. Como termina o conto. A  velha viveu uma eternidade, deixando o diabo preso e sem mel.

Pois é. O futebol em tempo de corona vírus vive a expectativa de que a doença passe logo e o futebol volte, para milhões de torcedores vibrarem pelo menos em casa.

Quando volta o futebol, pego de surpresa pela pandemia? Os médicos estão aprendendo na marra para descobrir a cura que, até agora é mistério total. O jeito, meu amigo, é esperar sentado porque em pé cansa.

Cuidado na encruzilhada. Se ouvir “a velha já morreu”, faça o sinal da cruz, reze um Pai Nosso e siga o seu caminho, sem olhar para trás.

E tenho dito!