Osmar Loss não queria aceitar o cargo de técnico do Corinthians agora. A atual diretoria levou semanas para convencê-lo. Numa autoanálise, isso deveria acontecer somente daqui a dois anos. Mas com a saída de Fábio Carille, um tanto inesperada, as coisas se anteciparam de uma tal forma que ficou impossível Loss dizer “não”. Essa informação foi colhida por esse jornalista em uma conversa com pessoas próximas ao treinador. Loss sabia das dificuldades e antecipava uma queda brusca de produtividade do elenco.

Os jogadores mais experientes, por isso mesmo, ainda não “fritaram” o dito cujo. Pelo contrário. O goleiro Cássio, o lateral Fágner, os veteranos Danilo e Emerson Sheik “blindaram” o atual treinador e estão fazendo o máximo para segurar a onda. E por quê o presidente Andrés Sanchez e o vice presidente de futebol, Duílio Monteiro Alves, fizeram essa opção arriscada? Um dos motivos é a falta de planejamento econômico para pagar a dívida do estádio de Itaquera, Não é só isso. Pendências do admimistrativas do clube ( aliás abandonado) e com grande inadimplência, também viraram um bicho de Sete Cabeças.

Por outro lado, Loss tem consciência de que pode ser demitido ou voltar para as equipes de base no final de ano. O próprio Andrés Sanchez tem contatos para negociar o Naming Rights de Itaquera aí, então, as coisas mudariam de figura. Ao contrário dos presidentes anteriores (Mário Goby e Roberto Andrade que se preocupavam apenas em motar equipes competitivas e somar títulos). Andrés corria por fora para arrumar dinheiro para alguém bancar a Arena e falhou completamente. Agora no poder novamente, Sanchez quer primeiro estancar a ferida econômica para depois se voltar ao futebol novamente.

Loss topou segurar a onda. Até quando, nem Deus e muito menos ele próprio sabem.

E assim caminham a ambição e a mediocridade…