Ganhar um campeonato brasileiro é legal. Todos entram para a história do clube. Mas supervalorizar um título já é demais. O Palmeiras sagrou-se campeão do Brasileirão 2016 (1 a 0 sobre a Chapecoense e ainda o Flamengo venceu o Santos por 2 a 0) e o Allianz Parque explodiu em lágrimas e alegria. Dirigentes, técnico, jogadores e torcedores comemoraram como se tivessem vencido a Copa do Mundo. Um exagero, sem dúvida, principalmente pelo Verdão ser um dos principais times do País, acostumado à glórias mil. Suor, choro, abraços em demasia são para quem nunca comeu mel: campeão enlambuzado.

A bem da verdade, um triunfo anunciado. Palmeiras, na reta de chegada, fez sempre a lição de casa. Venceu todos jogos em casa, perdeu somente para o Santos que, aliás, não conseguiu dar sequência ao bom resultado, não teve aquele arrancada final. Mais um campeonato, meus amigos, ganho por um treinador, Cuca. Ele chegou e “limpou” o elenco. Depois, chamou Gabriel Jesus e o colocou de centroavante. Descobriu a posição do rapaz, hoje também camisa 9 da seleção brasileira de Tite.

Sem falar que ao perder Fernando Prass, correu atrás de um goleiro do mesmo gabarito. Lá no Ceará estava Jailson, um jogador sofrido, nada famoso, com 36 anos de idade. Cuca aproveitou o rapaz (já estava no clube há um ano), mandou os reservas inexperientes para o banco e Jailson fez a torcida esquecer Fernando Prass. Apostou em colocar Zé Roberto na lateral esquerda e definir por Moisés no meio-campo. O indisciplinado Dudu teve de se enquadrar e acabou como capitão, erguendo a taça no final.

Em tempo: o gol da vitória contra a Chape saiu de um lance meio na bamba de Fabiano.

E tenho dito!