“São Marcos” baixa em Prass e Verdão escapa da derrota

Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras
Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Foram duas grandes defesas do goleiro Fernando Prass. Na primeira, bola veio cruzada da esquerda. Gabigol entrou de frente e bateu no cantinho. Com a pontinha do dedo o palmeirense tocou para fora. Na segunda, bobeada da defesa, Gabigol de novo bateu forte. O arqueiro atirou-se, bola desviou no corpo e afastou o perigo. Eis duas ótimas razões para explicar porque o clássico entre Palmeiras e Santos, neste sábado, no Allianz Parque, terminou em 0 a 0. O velho e bom “São Marcos” inspirou Prass, “baixou” no atual camisa 1 do Verdão, que operou dois milagres.

O Santos, mesmo errando muitos passes e apresentando dificuldades de coordenação de jogadas, merecia ter vencido. O técnico Marcelo Oliveira, na marca do pênalti segundo as más línguas, entrou medroso em campo novamente. Armou-se com três volantes no meio-campo (Thiago Santos, Matheus Sales e Jean), visivelmente preocupado em não deixar o adversário criar por aquele setor. Como treinador de time “pequeno” valorizou a bola parada. Ou seja, em cobranças de escanteio ou faltas o time esmeraldino levou perigo.

Robinho, como único meia, tentou aproximação de Dudu e Alecsandro, sem sucesso. Outro detalhe: jogadores alviverdes irritaram o quanto puderam Ricardo Oliveira. Ora com entradas mais fortes, ora em provocações ao pé do ouvido do atacante. O técnico Dorival Junior percebeu tarde a malícia dos oponentes. Colocou Joel faltando pouco mais de quinze minutos do final da partida. Substituto, aliás, saiu-se muito bem. Além de cair pelo lado esquerdo, deixou Gabigol na cara de Prass, coisa que Oliveira não conseguiu em 90 minutos.

Defesa do Peixe exagerou nas faltas e levou cinco cartões amarelos. Em compensação, bandeirinha assinalou dois impedimentos a favor do Palmeiras inexistentes no segundo tempo. Um de Gabigol e outro de Ricardo Oliveira. Apesar da forte chuva, campo molhado, pressão da torcida e clima tenso entre os jogadores, o clássico esteve disputado, apimentado. Faltou mesmo um gol, que só não ocorreu graças a Fernando Prass. Vanderlei, goleiro do Santos, poderia ter visto a partida sentado em um banquinho, como diria o meu amigo corintiano Raul Gil.

E tenho dito!