Pênalti claro de mão deliberada na bola em Vasco X Atlético Mineiro

Foto: Pedro Souza / Atlético

Na partida de volta pela semifinal da Copa do Brasil, ocorrida sábado, 19/10, o pênalti marcado a favor do Vasco não comporta qualquer dúvida. Trata-se de infração de mão deliberada, indiscutível, porque o defensor do Atlético, em ação de bloqueio, pois estava bem distante de onde a bola saiu,  inclinou seu corpo para colocar seu braço na direção da bola. Não obstante, e para surpresa geral, inacreditavelmente, o VAR, Rodolfo Tosk Marques, demorou uma eternidade para recomendar a revisão e, de seu turno, Ramon Abatti Abel, por igual, gastou outro tempo excessivo para marcar o pênalti.

Em razão disso, nem se diga que o fato de a decisão final ter sido correta, que as perdas de tempo podem ser toleradas, esquecidas e, muito menos, perdoadas. Não, absolutamente não. É que a clareza do lance não deveria ensejar qualquer demora, que, aliás, foi a causa dos injustificados protestos do Atlético. Além de tudo, deve ser dito que a absurda “estória” de se exigir braço aberto para caracterizar a infração neste lance, menos ainda se justifica porque, se o braço do defensor do Atlético estivesse “aberto”, distante do corpo, a bola passaria entre seu braço e o corpo. O braço, pois, estava aberto o suficiente para ficar na direção da bola. Toda a inquietação sobre o lance, portanto, foi provocada pela arbitragem, quiçá pela má fase por que o setor atravessa, com árbitros inseguros, sem diretriz e amedrontados.

Para completar esse injustificável deslize da arbitragem, o Hulk, que estava em um dos seus “melhores dias”, reclamou da bola; da chuva; do campo; do árbitro em relação aos lances marcados e não marcados; dos assistentes; e até deu bronca, com o dedo em riste, nos policiais que protegem os árbitros e sem que lhe fosse feita uma advertência verbal sequer.

É o fim dos fins da autoridade de nossa arbitragem, acobertada pela nefasta administração da CBF. Mas Hulk, além de tudo, ainda foi substituído e fez o belíssimo gol que deu a merecida classificação ao Atlético-MG. Parabéns ao Vasco e ao Atlético que fizeram um bom jogo, embora mais de luta do que de talento. A torcida do Vasco também merece aplauso, pela conduta e apoio ao time. Ramon Abatti Abel e seus comandados, em que pese não terem interferido no resultado do jogo, não podem ser aplaudidos pela absoluta ineficácia no procedimento do lance do pênalti e pela leniência com as constantes reclamações de Hulk. A arbitragem, que não pode ser tolerante além dos limites, inclusive com os capitães, também não pode causar perda de tempo nem interrupção do jogo. Seu dever é lhe dar dinâmica, celeridade.

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