Decisão inadequada marca jogo entre Santos e Mirassol

(Foto: Raul Baretta/Santos)

A expulsão de Diego Pituca em Santos x Mirassol foi acertada, mas com procedimento inadequado. O jogo Santos x Mirassol, desse sábado, 12/10, pela Série B, foi marcado por uma decisão inadequada e, talvez, pouco inteligente da arbitragem. Diego Pituca, do Santos, cometeu uma infração e recebeu o cartão vermelho direto. Por consequência, deixou o campo e foi para o vestiário. Ocorre que o VAR, Paulo Renato Moreira da Silva, entendeu que o lance não era para vermelho direto e recomendou revisão do lance. O árbitro, Gustavo Bauermann, após reanalisar o lance, decidiu punir o jogador apenas com o cartão amarelo, em vez do vermelho direto. Isso, no entanto, não alterou a decisão final de expulsão, pois Pituca já tinha recebido outro cartão amarelo por falta anterior.

Assim, ao invés de determinar ou permitir que ele voltasse do vestiário para o campo, Bauermann deveria ter informado aos capitães das equipes sua decisão, evitando a perda de tempo com idas e vindas entre o campo e o vestiário, além do constrangimento para o jogador. É lógico que essa circunstância deveria ser registrada na súmula do jogo. Também vale mencionar que se a recomendação de revisão tivesse ocorrido antes de Pituca ir para o vestiário, que o árbitro deveria tê-lo mantido em campo. Todavia, já que o VAR da CBF é lento e isto não aconteceu, o retorno de Pituca ao campo só se justificaria se o árbitro decidisse não o punir disciplinarmente ou se esse fosse seu primeiro cartão amarelo, permitindo que ele continuasse jogando, o que não foi o caso, pois ele foi expulso pelo segundo amarelo.

Agora, imaginemos que Diego Pituca resolvesse não voltar a campo. O que o árbitro faria? No mínimo, ficaria em uma situação embaraçosa, em “palpos de aranha”. Arbitragem de futebol não é como um trem, que só anda rigorosamente sobre trilhos. O bom senso, o espírito das regras e a essência do futebol devem ser suas grandes diretrizes. No entanto, sabemos que tudo continuará como dantes no quartel da arbitragem da CBF.

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