
No jogo de ontem, 09/02/25, entre Jacuipense e Bahia, pelo Campeonato Baiano, o árbitro Eziquiel Sousa Costa expulsou, com base em surpreendente e inacreditável revisão recomendada pelo VAR, Pablo Ramon Gonçalves, do Rio Grande do Norte, o jogador do Jacuipense, Matheus Firmino, porque, em ato de pura provocação, deu um leve peteleco na orelha de Rodrigo Nestor, jogador do Bahia, que, com muito delay, se atirou ao solo, simulando ter sido agredido.
A ação de Matheus, no máximo, poderia ser qualificada como atitude antidesportiva e justificar um Cartão Amarelo, que, por igual, também deveria ser aplicado ao jogador do Bahia, por claríssima simulação. E olhem que Pablo Ramon, o VAR que recomendou a injustificável revisão, é do quadro da FIFA! Ambos erraram feio e grosseiramente. O texto da regra é claro: golpe na cabeça ou no rosto com a bola fora de jogo é para Cartão Vermelho, salvo, como indiscutivelmente foi o caso, se a ação for insignificante. Também pudera, pois se tanto a FIFA como a IFAB estão perdidas, o que se pode esperar dos árbitros?
Imaginem que, agora, o jogo vai ser reiniciado com tiro de canto, por falta cometida na área penal e com a bola em jogo, quando o goleiro mantiver a bola dominada com as mãos por mais de 8 segundos, em lugar do Tiro Livre Indireto previsto corretamente na regra alterada. O resultado é que o jogo, a partir de tal mudança, vai ser reiniciado como se a bola saísse de campo por ficção!
É o fim dos tempos e a declaração da perda da autoridade dos árbitros pela própria regra do jogo, como, principalmente, a perda da essência e da direção das coisas pela FIFA/IFAB. Que pena que a IFAB perdeu sua finalidade de guardiã das regras do jogo e passou a ser vassala da FIFA. Essa alteração das regras corresponde a um camelo feito por uma comissão, quando o projeto era para se fazer um cavalo! Mas isto é o resultado do poder financeiro, que em tudo manda e a tudo subverte. Afinal, quem escolhe a música é quem paga a orquestra. É que a IFAB é sustentada pela FIFA!
Pobres regras do jogo; pobre arbitragem; pobre futebol! De outro lado, a expulsão de Zé Ivaldo, do Santos, no jogo com o Corinthians, também realizado ontem, foi correta, uma vez que a entrada (carrinho) foi com força excessiva e submeteu Yuri Alberto a risco de lesão. Corretas as decisões de Matheus Candançan e do VAR. Errado foi o experiente Gil, ao reclamar da expulsão, sobretudo justificando sua posição em erro de arbitragem anterior. Um erro não justifica outro. A não ser assim, nada se aperfeiçoaria. Calma, Gil. Mais profissionalismo, menos emoção.