Pode-se dizer que o gol de bicicleta de Rony resume todo o clássico disputado no Maracanã entre o líder e o vice do Brasileirão. Não só pela beleza plástica e o grau de dificuldade para sua execução, mas porque ele concentra em si o que foi a partida.
Vejamos como ela se desenvolveu: o Fluminense, com seu toque de bola a la Diniz, tinha pleno controle do jogo, rondando a área verde, na expectativa de surpreender o Verdão.. Enquanto isso, os verdes afiavam sua arma letal: o contragolpe, de preferência pela direita, com Dudu, que, de repente, escapou por ali e cruzou na medida para a acrobática finalização de Rony.
Isso, aos 8 minutos de jogo, o que permitiu ao Palmeiras atuar definitivamente em seu campo dos sonhos – a defesa.
Por seu lado, o Fludiniz seguiu seu roteiro fazendo a bola traçar triângulos no gramado a partir do gênio na armação, Ganso, e nas pontadas hábeis e velozes de Arias, Mas, vencer essa marcação sólida do líder não é mole, não, meu! E oFlu só conseguiu essa proeza numa cobrança de escanteio de Arias, da direita, colhida com exatidão e potência pelo beque artilheiro Manoel, que renasceu das cinzas sob o comando de Diniz.
No segundo tempo, o Palmeiras encolheu-se ainda mais, pois o empate lhe era conveniente, já que mantinha a a significante diferença do pontos para o vice estagnada. E o Flu, a não ser naquele toque magistral de Ganso que se chocou com o poste, não teve poder de fogo para varar a meta de Weverton. Entre outras coisas, porque subitamente nos últimos jogos o artilheiro Cano sumiu do cenário. Coisa de goleador de lua: durante uma estação, enche as redes inimigas de bolas de todas as direções. Aí, sobrevém a seca até a próxima alvorada.
Certamente, o Flu lamenta perder essa oportunidade para se aproximar do líder. Mas, como compensação, pode também cultivar um toque de otimismo, pois o desempenho do time mostra que essa evolução vai se consolidando no decorrer da temporada. Não é fogo de palha , não, senhor.
Quanto ao Palmeiras, é mais um título que se lhe oferece a cada rodada, num remanso de águas verdes e cristalinas.
Prezado Helena Jr. Deus ouça tua projeção através de óculos com lentes cor-de-rosa da perspectiva do Palmeiras neste Brasileiro. Faltando ainda mais de 10 rodadas, o Palmeiras não tem a desculpa de estar sobrecarregado na minutagem, passa uma semana após a outra treinando e fazendo fitness e mesmo assim vai tropeçando de um empate para o outro. Neste ritmo eu acho que o combustível vai acabar antes do fim da estrada. Atrás correm os cariocas, o Corinthians mesmo, até o Atlético Mineiro pode ainda reacender. Um golzinho solitário de bicicleta é bonito, evita a derrota, mas não é o que o líder precisa para ganhar o título. Pensei que com o Fluminense ainda atordoado com a rodada pesada da Copa Brasil, seria uma presa mais fácil, o que se viu foi o contrário, o Palmeiras – apesar do plantel milionário inchado – foi acuado o tempo todo e este empate só tem um certo valor pelo fato de o adversário ter sido o segundo da tabela. Entretanto muitos outros “segundos” estão com o dedo na mira e se o Palmeiras não começar a ganhar pontos, vai perder a gordura toda e no final pode aparecer de biquíni contra os seguidores imediatos, todos carnívoros.
e tome dor de gomito que não passa…
Me pergunto quando é que esta cartolagem do Morumbi vai acordar e passar o Rogério Ceni para o posto de roupeiro e procurar um treinador para o time? O São Paulo perde em casa para o Fortaleza, que de Fortaleza só tem o nome, e ainda valoriza a derrota, elogia o ataque que não faz gols, a defesa que fura tudo e contribui para as seguidas derrotas. No momento o Rogério Ceni é o que melhor treinador que o São Paulo pode ter (para os adversários!)