
Tá certo o Carille quando diz que esse jeito de jogar do Santos de Sampaoli não é nenhuma novidade. Tá certo, pelo motivos errados, porém. Não é novidade só porque todo mundo já sabia que o gringo gosta de colocar seus times jogando assim, pra frente, desde os tempos da Seleção do Chile.
Simplesmente, não é novidade porque havia décadas e décadas era esse o modelo de jogo dos brasileiros, assim como dos argentinos etc. E não é novidade porque basta o amigo ligar a tv, hoje em dia, e ver como jogam o City, o Barça, o Bayern, o Ajax, o Real e cia. bela.
E, se o amigo for de futebol de rua, em vez do vídeo-game, sabe que isso é uma novidade de barba branca.
Ora, se o objetivo é obter o resultado, e se pra ganha, é preciso meter aquela bola caprichosa nas redes inimigas, o jeito mais adequado é empurrá-la o tempo todo em direção à área inimiga. Elementar, óbvio, palmar, básico, claro, lúcido e lúdico, pois é o que inspira o gosto de ver e jogar futebol.
Não, o Santos de Sampaoli não é nenhum portento, um dos esquadrões a perfilarem ao lado de tantos Santos do passado, até recente, dos tempos de Robinho-Diego e Neymar-Ganso.
Simplesmente, joga futebol na sua essência, buscando do início ao fim o gol, a meta final do jogo.
E assim foi na goleada por 4 a 0 sobre o América de Natal, pela Copa do Brasil, nesta noite de quinta, no Pacaembu.
Ah, mas o América é um timinho, quero ver diante do Timão, do Verdão, do Tricolor, exclamará o pragmático anestesiado dos dias atuais.
Pois é diante dos Américas da vida que esses grandes de plantão marcam um golzinho atroz e logo correm pra casinha, que o jogo é coisa séria e o resultado tem de ser preservado a qualquer custo, sobretudo destroçando o espetáculo.
Reveja o amigo o jogo desta quinta. O Santos abriu a contagem numa insinuante troca de passes concluída por Derlis. No segundo tempo, partiu com tudo pra cima do adversário e foi acumulando a goleada, com Jean Mota, Rodrigo e Aguilar, sem falar nas tantas chances criadas e desperdiçadas, como aquela de Sanchez, sozinho, diante das redes vazias.
E, mesmo ganhando, o Peixe não deixou de sufocar o adversário,. até o apito final.
Quando teve de fazer alterações, Sampaoli sempre optou por opções mais ofensivas, como Jean Lucas no lugar do volantão Alison, e Sasha no de Rodrigo, atacante por atacante.
Permitiu ao América chances de marcar? Pelo menos, duas. Mas, isso faz parte do show, meu.
Vai perder? Claro que vai, entre outras coisas, porque o Peixe atual não é um timaço desses de encantar os deuses.
Mas, dá prazer esse time jogar. Prazer… Essa é a palavrinha mágica que lança um raio de luz nas brumas que envolvem nossos campos há tanto tempo.
NA LINHA DO GOL
É, no mínimo, estranha essa obsessão do Corinthians em repatriar Arana a qualquer custo, a ponto de enviar um diretor à Espanha pra tentar convencer o Sevilha a negociar o jogador, sabe-se lá a qual custo. Formado no Terrão, Arana é um bom lateral-esquerdo, que transferido para o Sevilha pouco lá jogou. Não se trata de nenhum Nílton Santos, Júnior, Roberto Carlos ou Marcelo, pra ficarmos com alguns nomes históricos e recentes. Será que vale tamanho esforço e tanto dispêndio para um clube que vive atolado em dívidas e que tem lá em sua base uma usina de bons jogadores?
Rodriguinho é um caso especial. Ouso dizer dizer que, se o Timão investisse a fortuna prevista para a vinda eventual de Arana em Rodriguinho, teria um lucro técnico muito maior. Sim, porque Rodriguinho, depois de penar daqui pra lá, na sua volta a Itaquera, foi fundamental em todas aquelas conquistas alvinegras sob o comando de Carille. Bastou Rodriguinho partir e o Timão caiu no vácuo. Agora, na volta para o Cruzeiro acaba de ser o herói da vitória na estreia do seu time na Libertadores. Vá entender.
ótimo comentário , técnicos brasileiros ultrapassados , veja como joga todos os times da américa do sul hoje.
Não é novidade também por que o Santos tem muita história pra contar em termos de futebol ofensivo. E não tô falando só de Pelé e cia. Tem muita história bonita antes e depois do Rei. Se é verdade que o futebol ofensivo é a marca do futebol brasileiro, o técnico argentino escolheu o mais brasileiro dos times. Vai pra cima deles Santos!!
Parabéns, ótimo comentário. Só falta o Ricardo Oliveira com a 9.
Sem esquecer o Paulistão….mas, a Copa do Brasil e brasileirão….são decisivos para o Santos esse ano
MUITO BOM E SEM PARCIALIDADE.
Helena, parabéns…seus posts são sempre muito coerentes. Dá um baile em muito comentarista clubista e etc….
Continue assim, você é fera!!!
Caro Mestre Helena, talvez eu seja um cínico, talvez somente um velho gagá, mas não pode me fugir de vista a possibilidade de que há jogada de empresário levando um troco nisso. Recentemente o Romero foi até encostado para que assinasse um novo contrato, não o fez e está no limbo. Romero é o único jogador com ligação com empresário que não seja da Elenko (do Fernando Garcia, vulgo Rasputin alvinegro) Gabriel que esta no estaleiro saiu da mesma empresa que gerencia Romero e foi para a Elenko. Trouxas são os que vão a estádio gastar uma grana preta, se esgoelar e ver esses lixos de jogos, enquanto dirigentes e empresário seguindo a segunda alternativa, do Stanislau Pontepreta, locupletam-se todos!!
Socorro mestre Helena, Socorro! A partir de agora uma terrível espada de Dâmocles penderá sobre as cabeças dos torcedores da seleção. O mago do 10 X 1( sete contra os tedescos e 3 contra Flandres)esta disposto a fazer o “sacrifício” outra vez. Sacrifício da nossa paciência e orgulho futebolístico! Vá de retro 10 X 1 !!! Ah e sobre esse sr. Carille que afirmou estar corrigindo a defesa: com o poste do Cassio não há quem resista!
helena!ensina essa gente a fazer jornalismo esportivo!abraco meu idolo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!